segunda-feira, 19 de maio de 2014

SERRA DO RIO DO RASTRO - SC / BRASIL => 01 a 05/MAIO/2014

Caros amigos, boa noite!

Há quase 15 anos era iniciada na Internet uma Lista Shadow que agregava proprietários de moto Honda Shadow 600VT, que já circulava pelas cidades e estradas brasileiras desde 1996/1997. O advento desta moto custom e de boa cilindrada, fez crescer os grupos de amigos que se encontravam para visitar pequenas cidades, conhecê-las, curtir seus pontos principais e assim por diante.

A Lista Shadow, na verdade, iniciou para troca de conhecimentos sobre a moto, problemas técnicos e soluções encontradas pelos proprietários, onde e como... Com o tempo, as perguntas já estavam quase todas cadastradas e poderiam ser acessadas normalmente, entretanto, alguns novatos não prestavam muito atenção nisso e as repetiam, incansavelmente.  Surgiram muitas gozações, em princípio, mas sempre com o espírito do motociclismo, ou seja, sempre com muita fraternidade. Há uma pergunta que eu nunca soube a resposta e eu sou um antigão nessa Lista Mágica! Alguém tem a resposta? QUAL O SEGREDO DO MORCEGO? Quem souber, me informe, em PVT, claro!

Com o tempo, ela foi se tornando uma fonte de passeios, com postagem de relatos entusiasmados, fotos e vídeos que, sem perder sua identidade inicial, fizeram dela um point de encontro também para se discutir viagens em grupo (bondes ou trens), com B&V (Bate e Volta), B&F (Bate e Fica), estes últimos de 2 dias ou muito mais. Além destas programações de viagens, passaram a agendar encontros em outros Estados, com a chegada de integrantes de outras partes do Brasil.

Um desses Encontros ocorreu em Braço do Norte - SC com o objetivo de subirem e descerem a Serra do Rio do Rastro, distante cerca de 70 km e de uma beleza e encanto sensacionais! É tida como uma das mais fantásticas estradas para se conhecer, com carro, moto e até bicicletas!

Era, então, o ano de 2004, se não me falha a memória, maio de 2004. Alguns integrantes decidiram lá se encontrar e o fizeram com muita festa, amizade e fraternidade, marcando, para sempre a Lista Shadow como uma Lista Mágica!


Outras viagens iguais se sucederam e eu, por exemplo, estive com um bonde maior que o primeiro em 2005, com centenas de fotos e vídeos, com organização ainda maior que na primeira e original viagem. Como sempre reuniu dezenas de gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas, cariocas e, salvo engano, mineiros.

Posso confirmar o meu encantamento com aquela Serra do Rio do Rastro, como sendo uma das visões mais lindas que já tivera até então. Todas as pequenas cidades que separam Braço do Norte e a SRR têm os seus pontos típicos particulares, incluindo aquelas pós SRR, como São Joaquim, Urubici e outras! Os passeios são realmente muito bonitos, o povo hospitaleiro e educado, comidas e bebidas típicas, quase tudo rodeado de uma topografia e visuais maravilhosos!

Passados 10 anos da 1ª Viagem à Serra do Rio do Rastro, de forma unânime, a Lista decidiu comemorar com um retorno triunfal àquela localidade. Durante meses todos trocaram mensagens pela Internet, principalmente pela própria Lista Shadow, no Yahoo Grupos. A organização e as presenças deveriam ser ímpares! Ninguém deixou de ser contatado, mesmo os mais distantes e mais afastados da Lista. O desejo de todos é que todos estivessem em seus bondes com destino à SRR. O período definido seria o feriadão do Dia do Trabalho, 01/05/2014, que cairia numa 5ª feira, permanecendo lá até 05/05/2014 quando a maioria retornaria aos seus Estados e famílias.

O Hotel Costa Nobre de Braço do Norte havia sido contratado para abrigar a todos os que se inscreveram até determinada data, porém houve mais candidatos que o nº de leitos. Havia que acomodar a todos e a mágica ocorreu, com a multiplicação de camas nos pequenos quartos. Então, todos poderiam se preparar, aquecer suas máquinas e zarparem rumo à SRR!

É aí que eu entro na história, uma vez que ainda não havia confirmado minha ida diante de compromissos que minha empresa me trazia naquela época. Foi preciso outra mágica para me liberar pelos 5 dias que viajaria.

30/04/2014 - QUARTA FEIRA - 15h30 => já abastecida minha maravilhosa Yellow R1150GS BMW, pneus calibrados, maletas arrumadas e bem equipado com roupa adequada, quando eu me embiquei na Imigrantes com destino à BR-116, rumo a Registro e Curitiba. Não conseguindo aguentar a fila do Itaú no Posto Galena, da Ricardo Jafet, decidi ir com os R$ 5,00 que tinha nos bolsos e meus cartões. No caminho eu pegaria grana!

Passando pelos postos de combustíveis da Imigrantes observei que não há mais caixas eletrônicos, principalmente do Itaú, meu banco! Chegando na Praia Grande pela estrada Pedro Taques e pela SP-55 não encontrei nenhuma agência, posto ou qualquer coisa que me desse grana!!!

Bem, chegando em Registro, cidade quase grande, conseguirei, pensei...

Tão logo saí da SP-55, onde não se paga pedágio para motos, entrei na BR-116 todo faceiro!  Agora, vamos até Curitiba! Putz, logo adiante um pedágio e uma moto paga R$ 0,90 (isto mesmo, Noventa Centavos!).  Caramba!  Cadê minha grana?  Que grana? Rebusquei meus bolsos, a fila aumentando na traseira e, certamente, com motoristas cabreiros comigo! Ah! Achei meus Cinco Mangos! Paguei o pedágio e perguntei à garota se os pedágios até Curitiba tinham o mesmo valor e quantos eram ao todo. Faltam mais 4 e todos R$ 0,90...  Maravilhaaaaa!  Eu tinha toda a grana necessária! Lá fui eu na maior.

Cheguei em Curitiba e o meu GPS me levou direto ao Hotel Hara, onde havia sido reservado meu quarto pelo mano Pedrinho - Buena Vista MC - Sub Sede Curitiba.  Foi o tempo de tomar um banho, me trocar, subir na moto e me mandar para o Point do BVMC. Como ex-integrante do BVMC e fundador do mesmo há alguns anos, junto a amigos oriundos do Carpe Diem, já os conhecia quase todos e fui muito bem recebido. Foi uma noite sensacional com muita cerveja, churrasquinho da hora e muito papo bom, cabeça!

Não preciso lembrar que ainda não havia conseguido grana e não havia como pagar com cartão. Veio a meu socorro, pós pedido de Help, o querido mano Mazzo que assumiu a despesa, com a maior gentileza.

Ali mesmo encontrei o Wagner Sahara, antigo membro da Lista Shadow e pertencente ao PocaSombra MC. Conversamos e como íamos para a SRR, decidimos nos encontrar no hotel dele às 08h00.

Perto da meia noite, voltei ao Hotel Hara, onde dormi à solta! Pedi para me acordarem às 06h30 e assim foi.  Tomei um excelente café da manhã naquele hotel, muito antigo e implantado num conjunto tombado pelo patrimônio Histórico Nacional, tendo sido uma antiga fábrica de munições e armas do nosso Exército. Valeu a pena aquela hospedagem => R$ 107,08!

01/05/2014 - QUINTA FEIRA - 08h00 => Parei à porta do hotel onde se hospedava o Wagner Sahara e 2 amigos ( José Gustavo e Paulo Sums) que vieram com ele de SP. Não os conhecia até então.  Nessa pressa, também não passei no Itaú para pegar grana e fui até Braço do Norte na carona financeira dos amigos para os pedágios. Claro, toda a gasolina e comida foram pagos com meus cartões, sem problemas, mas não havia necessidade de dinheiro vivo para pagamento dos pedágios.  Depois eu reporia a todos!


A BR-101 estava sensacional, pista dupla, muitos veículos, inclusive caminhões, todavia sem nos importunar ou colocar em risco nossa quase formação de 4 motos.  Paramos em algumas cidades, como no Portal de Joinville, para fotos e seguimos adiante.


 Passamos pela casa de uma tia do Wagner Sahara, onde tomemos um delicioso café com acompanhamentos, papeamos e voltamos à estrada.


 Por volta de 14h00 estávamos numa pequena vila ou cidadela de nome Guarda do Embaú - SC. A fome já nos atacava e queríamos conhecer melhor aquele local muito bonito e sossegado. O Wagner lá estivera havia muitos anos e tudo havia evoluído muito. O problema era estacionar as motos, pois não havia local que não houvesse placas com o E sob X. Avisaram-nos que não devíamos nem parar naqueles locais, haja vista que os guardas municipais metiam a caneta, sem fé ou piedade!  O estacionamento local custava R$ 10,00 por moto e só queríamos fazer algumas fotos. Não houve negociação e nos mandamos de lá sem levarmos muitas recordações em fotos ou vídeo.




Poucas horas depois, aportávamos em Braço do Norte, Costa Nobre Hotel, praticamente às 17h00! Estacionamos as motos, assumimos nossos aposentos, tomamos banho e, em seguida, pegamos um taxi para ir a uma festa organizada pelo maninho Bonelli, o organizador de todo o evento naquela cidade.



Lá, rolava um churrasco de espeto, cervejas e refrigerantes. Havia pão para quem o apreciava com a carne ou linguiça e dá-lhe papo, gozações, muita recordação, tipo: Você se lembra disso e daquilo? As horas rolaram rapidamente e, por volta das 11h30, retornávamos ao Costa Nobre Hotel para dormir o sono dos Deuses!



02/05/2014 - SEXTA FEIRA - 08h00 - Café da manhã tomado, nos encontramos no saguão do hotel e ficamos pensando o que faríamos até o pessoal que chegaria no dia subisse a SRR.  Caramba, a cidade é pequena, com atrativos menores que a SRR.  A decisão foi unânime! Vamos subir e descer a SRR nesta manhã! Faremos vídeos, fotos e aproveitaremos esse sol maravilhoso que desponta sobre nós. Não deu outra coisa. Em meia hora, estávamos seguindo para a SRR com o Wagner Sahara nos capitaneando com seu GPS e sua GoPro Heroe!

O dia, muito claro, prometia ser proprício ao passeio que todos faríamos, subindo a SRR! Passamos por pequenas cidades, cujos nomes não me recordo agora, mas inserirei depois quando, finalmente, passamos por Orleãs


e Lauro Miller, pegando a subida da SRR.


A emoção crescia em todos nós, mas nada se comparava com a que abraçava nosso maninho José Gustavo, quando o mesmo, numa parada, exclamou sua emoção com os olhos marejados! Só aquilo já foi uma alegria para todos nós. Havia mesmo muita alegria e emoção a cada subida, a cada curva, a cada belvedere e a cada foto que fazíamos enquanto nossas poderosas motos nos levavam SRR acima.


Em determinado momento, nomeio da subida, seguia eu como 2º da fila e decidi parar num pequeno recuo para espiar o precipício, tendo ao fundo o Rio do Rastro.  Mal havia parado, numa bobeada que só ocorre aos novatos como eu, a moto foi pendendo para o lado direito e eu tentando segurá-la.  Insucesso! Ela deitou sem muito escândalo e eu rolei em capota! Tombinho comum em postos de gasolina quando um pé fica em falso ou escorrega em mancha de óleo.  Na mesma hora senti uma fisgada na coxa direita e no músculo bracoradial do braço direito. Era doloroso, mas contornável! O que a princípio foi uma preocupação de todos com minha moto e comigo, logo se tornou um motivo de gozação, haja vista que a moto do Paulo Sums a tudo filmou em vídeo!

Colocada a moto em pé, com o óleo escorrido para o cárter, uma triscada na partida e lá roncou o poderoso motor da minha Yellow. Ela me dá uma segurança incrível, pois não há quase nada que a faça parar de funcionar, a não ser que o piloto faça barbeiragem e a desligue... rs rs rs....

Subí à moto e lá vamos nós rumo ao Belvedere da SRR, alguns poucos kms acima.


Pouco minutos após, chegávamos ao Belvedere da SRR. Daquele local, em dia claro como o que tínhamos, foi possível ver e fotografar longos trechos da estrada corcoveando os penhascos por quilômetros até fundir-se com o horizonte, onde avistávamos as diversas cidades pelas quais passamos havia pouco.  Há várias fotos, inclusive vídeos, mostrando a subida e descida da SRR, os contornos das montanhas, as cidades ao fundo, o povo maravilhado com aquela beleza de cenário e com os inúmeros quatis que circulam livremente por entre os visitantes, à espera de um pouco de salgadinhos ou de uma bobeada de alguém para que subam e roubem o saco das mãos desavisadas...


Depois de umas 2 horas naquele local, o Wagner Sahara decidiu descer a SRR e voltar para almoçar em Braço do Norte, rever os amigos que já deviam estar chegando em peso e preparar-se para retornar à SRR em um bonde maior, com quase todos os integrantes da Lista Shadow.  Eu preferiria almoçar lá por cima mesmo, quem sabe no Restaurante da Cascata, porém já me doía o braço e a perna, que esfriavam.

Ato contínuo, pegamos nossas motos e retornamos à cidade.

Depois do "almoço lanchado", inúmeras motos se preparavam para a subida. O bom senso me dizia para ficar, passar na farmácia, comprando um spray ou pomada e aplicar no braço e na coxa doloridos. Ouvir os roncos dos escapamentos e decidir ficar foi impossível. Motocar não é somente um prazer, é algo quase imperativo!

Dentro em pouco estávamos nos enfileirando ao bonde que se formava à frente do Costa Nobre Hotel. Alguns minutos mais, já estávamos saindo da cidade e regressando à SRR.  Nas lombadas e curvas podíamos observar a quantidade de motos que se deslocava. Por baixo, umas 70 motos, muitas com suas garupas ocupadas.  O posto policial adiante nos orientou a dividirmos bem o bonde em grupos de 15 a 20 motos e assim o fizemos.

Desta vez, não houve surpresas e a subida foi serena!

Ficamos no Belvedere por algumas horas, fazendo fotos e vídeos, mas, principalmente, conversando entre nós, revendo os amigos que há anos não víamos e os abraços efusivos foram incontáveis!  Muitos haviam engordado, perdido cabelos e alguns esbranquiçados, como os meus.  Uma coisa não havia mudado! A amizade, a consideração e a alegria do reencontro!





Antes que a noite caísse, a maioria das motos havia descido, entretanto, eu, José Gustavo e Paulo Sums havíamos acordado que desceríamos à noite, com as luzes da estrada acesas.  Do Belvedere SRR avistar-se aquela estradinha corcoveando pelas encostas toda iluminada não tinha preço!

O frio nos alcançou, minha coxa e braço doíam ainda mais, mas não queria preocupar meus amigos e não demonstrava, ainda que não andasse tanto quanto gostaria.

Quando a escuridão baixou realmente por sobre as montanhas, fotografamos a estrada iluminada e descemos, rumo a Braço do Norte.


No Hotel, após o banho quente e gostoso, a temperatura corporal melhorou e as dores diminuíram. Estávamos preparados para mais uma noite de festa, desta vez no Clube AABB da cidade.  Decidimos ir de táxi novamente, não correndo risco de pilotar a moto eventualmente alcoolizados. Pedi ao motorista que localizasse uma farmácia, onde comprei um anti inflamatório recomendado pelo Paulo Sums (campeão de hóquei sobre patins) e um spray, tipo Cataflan, recomendado pelo farmacêutico.

Não tomei, nem apliquei o spray a não ser na volta ao hotel. Não queria ficar sem bebericar algo com meus amigos de tantos anos e distantes tantos quilômetros!

Naquela noite, não houve churrasco, mas sim uma mesa de massas bem quentes, saladas várias e carnes não assadas. A cerveja também rolou solta, enquanto uma pequena banda de rock enchia o salão com seu som estridente e suas canções tão conhecidas.  Era a mesma banda que havia tocado havia 10 anos, na festa da primeira viagem à SRR da Lista Shadow.  Tudo era recordação naquela noite festiva e amiga!

Novamente chamamos o táxi que nos levou de volta ao Costa Nobre Hotel. Estávamos cansados, mas muito felizes! Aquele dia, malgrado meu chão, fora muito generoso conosco pelo bom tempo, pelas companhias, pela noite na estradinha e pela festa muito legal!

Naquela noite em meu quarto já havia chegado para compartir comigo, o meu amigo Gold, de muitos anos, arquiteto da Petrobras e, que, gentilmente, cedera uma cama em sua reserva para este digitador.

03/05/2014 - SÁBADO - 08h00 => Como havíamos combinado (Wagner Sahara, Paulo Sums, José Gustavo e eu) estávamos tomando café. Em seguida quitamos as despesas na recepção e, por volta das 08h30 saíamos do hotel.  Seguiria conosco um novo amigo Kola, com sua Harley e escape característico.

Qual o rumo? O objetivo final seria São Paulo.  Por onde?  Não foi difícil, logo estávamos embicando as motos em direção à SRR, o que fizemos e de lá de cima, seguimos rumo a Urubici, uma das cidades mais frias do Brasil durante o inverno.  A estradinha estava sensacional para motociclistas. Cheia de curvas, com aclives e declives, tudo emoldurado por margens lindas, como se desenhadas, de pequenas propriedades, pequenas criações e pequenas lavouras e suas casas de madeira.

De minha parte, gostaria de ter passado pela Serra do Corvo Branco, ainda em terra e cascalhos. Pela impossibilidade segura de pilotarem suas Harley e Bandits, ninguém ousou fazer aquela rota. Para manter-me com eles, não a fiz desta vez, mas a farei mais adiante.

A ideia era pernoitarmos em Curitiba, seguindo pela BR-116, passando por Mafra.  Perto das 19h00, estávamos próximos de Curitiba quando minha reserva abriu. Adiantei-me até o Wagner Sahara e lhe sinalizei que precisava para abastecer.  Muitos quilômetros rodamos até que eu achasse um posto. Tinha que ser aquele e não outro, para não correr o risco de pane seca. Entrei e o José Gustavo mais Paulo Sums me seguiram. O Wagner Sahara e Kola seguiram adiante e não mais os encontramos até finda a viagem.

Abastecidos, estávamos procurando hotel para pernoitar quando o José gustavo disse que queria seguir direto até São Paulo.  Putz, havíamos pilotado o dia todo, estávamos cansados e faltavam mais de 400 km para chegar a SP. Certamente, em boa tocada, levaríamos mais 5 horas.

Conversei com o Paulo Sums e acordamos que seguiríamos o JG até Registro, uns 200km adiante e lá pernoitaríamos, mesmo que o JG seguisse direto para SP. Ele concordou e lá fomos nós seguindo o JG rumo a Registro.  Pilotar à noite não é tão perigoso se tivermos uma boa pista, com sinalização e bom calçamento. A BR-116 naquele trecho é muito boa, de verdade, logo só estaríamos cansados mais à frente, mas não temerosos.

Não deu outra: chegando a Registro, o próprio JG definiu que ficaria naquela cidade para dormir. À beira da BR-116 encontramos um hotel para viajante => Gran Valle => R$ 60,00/diária, de muitos quartos, grande estacionamento frontal, com muitos carros e várias motos. Lá ficamos, banhamos e dormimos.

05/05/2014 - DOMINGO - 08h30 => Dia bonito, ensolarado e muito bom para pilotar motos.  Após o café, preparamos as motos e pegamos o rumo na BR-116.  A escolha foi seguir direto pela BR-116 e não fazer o esquema que eu havia feito para vir, isto é, passar por Peruíbe, Itanhaém, Praia Grande e Imigrantes.

A BR-116, com exceção do trecho ainda em duplicação da Serra do Bananal, está um tapete e bem sinalizada.  Naquele dia, até o tráfego estava diminuído pela manhã e conseguimos fazer o restante da viagem com muita tranquilidade e prazer.  Em menos de 4 horas, estávamos chegando ás nossas casas, dando tempo de almoçarmos com nossas famílias.

Naquele período, havia pilotado minha moto por cerca de 2.300 km, feito um gasto irrisório para 5 dias de viagem => R$ 813,00, encontrado amigos e amigas, conversado e rido muito, frequentado 2 festas, visitado cidades adoráveis, subido a SRR por 3 vezes, feito muitas fotos e vídeos, retornando com uma sensação de espírito regozijado com a vida e com a natureza!

Copiem e colem o link abaixo e percam o fôlego com as imagens maravilhosas de tudo que digitei aqui, vistas do alto.

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VIVA A SERRA DO RIO DO RASTRO!
VIVA A LISTA MÁGICA SHADOW!
VIVA MEUS AMIGOS E AMIGAS!
VIVA EU, VIVA TUDO, VIVA O CHICO BARRIGUDO!!!!!!!

Fiquem com Deus!