quinta-feira, 3 de setembro de 2015

R. MECCA EM VIAGEM INTRA BRASIL - SE/NE/N/CO


VIAGEM INTRA BRASIL – DUAS RODAS RUMO SE-NE-N-CO

PREÂMBULOS...

Caros Amigos e Amigas, Desde o retorno de Ushuaia, em março 2013, vinha planejando um tour brasileiro, por locais ainda não visitados por mim com Duas Rodas.  Todo o sul brasileiro já visitei em inúmeras oportunidades, até porque tem sido a rota preferida quando me atiro para o Uruguai ou Argentina.  Faltam-me o nordeste, o norte e o centro oeste, já visitados em outros tipos de viagens.

Como sempre, comentei com meus amigos mais chegados, da expectativa de que pudéssemos coincidir épocas de férias deles com o melhor período para fazer esta viagem. Novamente, vários querem fazer, mas, por algum motivo, desistem.  Assim, novamente concluo que farei solo mais uma viagem.

Como muitos de vocês sabem, sou um dos antigos integrantes do MCBDA - Bodes do Asfalto em São Paulo, ainda que tivesse fundado com outros amigos o Buena Vista MC e o Monte Cristo MC, agora, MT – Moto Turismo. Hoje, estou reintegrado ao MCBDA e muito feliz por isto.

Estando no Alemão – um dos melhores e mais sérios mecânicos de motos que conheço, cuja oficina fica no topo da Rua Santa Cruz, próxima à Av. Do Cursino, encontrei um velho amigo, que é integrante do MCBDA – Facção Capital, a mais antiga daqui. Assim que vi o maninho Paulo Armond, desandamos a falar de motos, de viagens e da última vez que havíamos nos encontrado: Ele e outro amigo estavam retornando de Ushuaia e eu e o Marcos Fernandes estávamos indo a Ushuaia.

Conversa vai, conversa vem, ele me falou do Encontro Nacional dos Bodes do Asfalto, em Natal – RN, agendado para o feriadão da Independência (3 a 7-09-2015). Falamos tanto nisso que naquele momento eu me decidi a regressar ao MCBDA.  Dali mesmo o Paulo Armond ligou para o Rico, então coordenador da Facção Capital, que me reintegrou de pronto.

Naquele encontro também nasceu a ideia de participar do EBAN-Natal-RN-2015.  Como havia planejado fazer um tour pelo Brasil, aquele evento veio a calhar! O Paulo seguiria para Natal via MG, onde buscaria 2 outros amigos.  Eu preferi manter meu plano original, seguir para Natal via litoral, de Sampa a Rio das Ostras e, de lá, sentido NE.  Nos encontraremos em Natal, a partir de 02-09-2015.

Aqui estou eu, digitando de uma cidadezinha Conceição da Barra – ES, cerca de 1.300 km de São Paulo, de onde saí, ontem, 25-08-2015.  Pernoitei em Rio das Ostras – RJ, 620km de SP, na casa do Ricardinho, a quem considero filho e que mora naquela cidade.

Saí de SP às 06h30, de 25-08-2015, marcando o odômetro 78.628km. No dia anterior, tudo indicava que o dia começaria com chuva e dormi pensando que seria muito chato sair de capa de casa, mas fazer o que¿ Vamos que vamos!

25-08-2015 => RUMO A RIO DAS OSTRAS - RJ 

Acordei cedinho e olhei para o quintal, piso molhado, mas não chovia!  Decidi não colocar a capa, mas deixá-la bem à mostra nos bauletos. Para terem uma ideia, levei uma hora para chegar no início da Rodovia Ayrton Senna, tal o trânsito que peguei!

Bem, da Ayrton Senna à Dutra foi brincadeira, ainda que haja a cada 1 ou 2km um pardal prestes a pegar os incautos com sobrevelocidade. A chuva ameaçava com nuvens à frente, mas, de alguma forma, não a peguei nunca!

Peguei um congestionamento na Dutra, 20km antes da Serra das Araras. Pilotando por entre caminhões e carros parados, por quilômetros, ora dando uma escapadinha pelo acostamento, consegui chegar bem na Polícia Rodoviária, início da Serra das  Araras.  

O percurso via Arco Metropolitano, para chegar a Magé, sem passar pela Ponte Rio Niterói foi uma sopa, mas, logo adiante, a BR-101 está em obras em vários locais, com redução de fluxo. Foi preciso muita paciência, mesmo com moto!

Depois do banho, dei uma cochiladinha e, logo em seguida, saí com o Ricardinho.

Na volta, eu estava mortinho!  Dormi e rápido!



26-08-2015 => RUMO A CONCEIÇÃO DA BARRA-ES

Ontem e hoje, confesso que senti o esforço para pilotar em cada dia, mais de 600km, com tráfego intenso e muita tensão. As musculaturas do pescoço e do braço direito estão me incomodando.  Ontem à noite, antes de dormir, o Ricardinho me deu um Dorflex e foi muito bom!  Certamente, hoje tomarei outro.  Estou digitando com dores aquecidas, sacaram¿

Como havia dito, a BR-101 está toda em obra de duplicação, em ritmo acelerado, ainda que estejamos sem grana no governo federal. Estas obras são feitas pelas empresas concessionárias (sistema PPP) que exploram os pedágios, tipo o que tem sido feito em SP há muito tempo.  Pena que somente agora o PT reconheceu este acerto para nossas rodovias!

Mesmo assim, não é fácil pilotar por cerca de 10 horas (08h30 até 18h00) com inúmeros pardais te buscando em sobrevelocidade. Ora a 80km-h, ora a 60km-h e assim vai!  Caminhões¿ Incrível o nº deles na BR-101!!!!  Confesso que fiquei desiludido pela escolha!  Acho que o Paulo Armond deve ter feito melhor escolha, subindo pela BR-116!

Cheguei há cerca de 2 horas, localizei a Pousada do Sol, em Conceição da Barra, simplezinha, ar condiconado e ventilador. Frigobar vazio. Não daria tempo para estocá-lo...





Estou no salão da Pousada, usando meu netbook, ainda sem Internet, só redigindo.  Depois lançarei isto do Word para o blog.  Ao meu lado, uma garrafa de Skol, geladinha e já na metade!  Daqui a pouco pedirei a um motoboy alguma coisa para comer (aqui não tem!) e dormirei logo após.





Enfim, rodei hoje 640km, totalizando 1.300km desde Sampa, em 2 dias. Posso afirmar que a moto está, como sempre, majestosa e potente, ultrapassando tudo com segurança e sem rateios. O piloto está meio cansado, mas faz tempo que não faço isto por cerca de 10 horas seguidas. É compreensível, creio!

Bem, por hoje é só!  Fiquem com Deus!

27-08-2015 => RUMO A ITABUNA - BA

De fato, Conceição da Barra não tem qualquer atração especial que permita alguém permanecer mais um dia para conhecer algo. Talvez, em Itaúnas haja algo, mas estive tão decepcionado que decidi não visitar.

Saí por volta das 09h00 da Pousada do Sol, simples mas aconchegante, com pessoal simpático e prestativo. Valeu pelo descanso que foi ótimo.  Antes de dormir, tomei um relaxante muscular pois ainda me doía a musculatura do ombro e do braço direito. Acordei muito bem, tomei o café e me mandei. A ideia seria seguir ao norte, parando quando estivesse cansado e com dia claro para buscar hotel ou pousada.

Novamente, pilotei por quase 600km, passando por Porto Seguro e outros locais já conhecidos por mim. Acabei ficando em Itabuna-BA, chegando aqui às 16h05. Um taxista disse que a cidade não tem bons hoteis como em SP ou RJ, por não ser turística, sendo mais um caminho a Ilhéus, distante uns 75 km.  Já conheço Ilheus e pouco tem a oferecer que valha os quase 80km a mais para rodar. 

Acabei ficando na recomendação do taxista => POUSADA EXECUTIVA.  Lindo nome, não¿ Bem, o pessoal, como sempre é muito simpático e gentil, porém a infraestrutura é mínima em termos de beleza, arquitetura. Parece aqueles prédios que não terminaram de construir por anos e anos.  Um puxadinho aqui outro ali e assim vai.


 

Meu quarto é o de luxo, tem ar condicionado e ventilador de teto. Tem TV a cabo.  Com cansaço, nunca observamos o lado ruim da coisa, só as boas! Fico sempre em pousadas, hostels e pequenos hotéis que cobram barato, estrutura simples, mas limpos e organizados.  É o caso da Pousada Executiva!  Como reclamar de um pernoite que custa R$ 78,00?

Toda a BR 101 no Espírito Santo é pedagiada. Há inúmeras obras de duplicação da pista e, com isso, um transtorno seguido de outro. Isto faz parte do progresso e dura pouco. Já na Bahia, a BR-101 não é pedagiada e isto tem alguns encantos: Não precisamos parar após 50 0u 70 km para pagar R$ 1,90 ou R$ 2,10 com todas as dificuldades para tirar a luva, buscar moedas ou pagar em nota e, depois de algum tempo, estar com os bolsos repletos de moedas não usadas. A estrada, mesmo assim, está muito boa, nem tanto quanto na região do ES, mas tranquila.

O que inferniza em ambos os estados (BA-ES) são os pequenos povoados ou mínimos municípios que ficam à margem da rodovia. Em todos eles, você que já vinha toureando os 80 km-h, infinitos quilômetros com faixa dupla contínua e centenas de caminhões a ultrapassar, quando chega nesses locais pequenos, há lombadas, radares 40 km-h aos montes!  Definitivamente, a BR-101 é desconfortável para se pilotar motos e deve ser pior para carros!

Confesso que acostumado às pistas de SP, sempre pedagiadas e muito bem conservadas, há radares, mas você pode pilotar a 110 ou 120 km-h.  Acostumado, digo mal acostumado com as pistas da Argentina, do Uruguai e do Chile, que não têm radares e o piso é maravilhoso, esta viagem está sendo um teste para me identificar como motociclista brasileiro.  

Em que pese o rolo atual do governo petista e os escândalos com desvios fenomenais, esta BR-101 ainda será uma ótima escolha para viajantes, mas algo precisa mudar na quantidade de radares e lombadas, bem como no limite de velocidade.  Não sei o que fariam, mas sinto que precisariam mudar algo.

Bem, pessoas, Itabuna não é uma cidade para turistas, a não ser que queiram chegar em Ilhéus, uma pequena e antiga cidade, muito procurada.  Itabuna é agitada durante o dia, com tráfego intenso e muita gente andando pelas ruas.  Tipicamente uma cidade do interior, entendem¿

Por recomendação das recepcionistas, fui jantar numa pizzaria-churrascaria, mas à noite somente pizza. Um garçom “sambarilove” recomendou uma tal pizza dupla, dizendo ser o carro chefe do local. Penso que fui enrolado, pois eles duplicam a massa (massa grossa e dobrada!!!!) para uma mesma quantidade de recheio.  Acabei afinando a pizza para torná-la comível!  Ainda assim, levei cerca de 5 pedaços dos 8 que vieram para que as recepcionistas os comessem.  Acho que nem elas gostaram...

Bem, agora vou dormir para sair amanhã por volta das 08h00, em direção a Aracajú ou Salvador, que não está nos meus planos.  Vamos ver.

Abraços a todos! Fiquem com Deus!

28-08-2015 => RUMO A ILHÉUS.   Sim, mudei de ideia e saibam por que.

Acordei cedo, tomei o café na Pousada Executiva, arrumei minha bagagem e fui à garagem ajeitar tudo na moto. Quando terminei, percebi um senhor ao meu lado, com capacete na mão, me perguntando se eu sabia em que estado estava meu pneu dianteiro.  Putz, olhei e olhei o pneu e não vi nada errado, quando ele, rindo, me disse que estava no estado da Bahia!!! Depois de rirmos juntos, ficamos conversando por alguns minutos enquanto retirava a moto da garagem.




Nesse ínterim, ele me disse que eu deveria fazer o roteiro de Ilhéus, Itacaré, Valença, pegando o ferry boat para Salvador.  Economizaria uns 150 km e conheceria lugares muito legais, além de não pegar mais caminhões, pois são raros naquela via costeira.

Pensei um pouco a dica!  Ele ainda me ponteou até a entrada da estradinha que leva a Ilhéus.  Gente boníssima, o Lula, esse é o apelido dele.  Segundo ele, está tentando desacostumar com esse apelido e os amigos estão escolhendo outro.  O atual está complicando a vida dele!

A estradinha tem quase 30 km, mas é boa e o tráfego é intenso. Ilhéus é uma cidade bem antiga e é muito conhecida mundo afora pelos livros de Jorge Amado, que viveu nela quase toda sua vida. Lá tem sua casa, no Bar Vesúvio tem uma mesa com uma estátua dele e um livro sobre a mesa, tudo em bronze, muito bonito.  Vejam as fotos daquela cidade.


























Depois de rodar a pé e de moto, decidi pegar de novo a estrada rumo a Valença.  Parei num posto para beber água e, quando saía da lojinha de conveniência, apresentou-se para mim um senhor que disse ser motociclista e queria me dar algumas dicas de lugares a visitar. Falou-me de 2 mirantes à frente, de uma cachoeira da Michelin (Pancada Grande) e que eu deveria pernoitar em Morro de São Paulo e não em Valença.  Conversamos cerca de meia hora e nos despedimos.  Ele seguiria por lá até Salvador e eu só até Valença.

Chegando no 1º Mirante, fazendo fotos, lá chegou o casal e continuamos papeando. O José Carlos é muito bom de papo, tem muita história, incluindo suas viagens de moto, que são muitas. Ele faz parte do ROTA DO CACAU MOTOGRUPO, de Ilhéus.  Fizemos algumas fotos juntos e nos despedimos de novo.







Lá adiante, parei no 2º Mirante, fiz foto + vídeo e segui adiante.

Rodei bastante, passando por várias pequenas cidades, muitas lombadas e raros radares.  Logo cheguei em Itacaré, uma pequena e antiga cidade que pegou fama há alguns anos e de lá para cá, a população cresceu muito. Fiz algumas fotos, mas não há muito o que fotografar numa passagem de 2 horas, mais ou menos.  Certamente, há muitas praias a fotografar, mas precisaria de alguns dias.
















Peguei a rodovia BA-001 de novo, em direção a Valença.  Passados muitos kms, vi a entrada para a Cachoeira Pancada Grande. A entrada é de chão batido e como havia chovido, havia muito barro e poças de água. Com cautela, fui entrando por cerca de 1 ou 2 km, quando cheguei a uma clareira bem organizada, espécia de estacionamento. Deixei a moto lá, conversei com o funcionário Michelin e segui a pé por uns 500m até a cachoeira.  

Pelo som que chegava da mata, dava para perceber que a queda de água era grande e barulhenta.  Fui chegando e me espantei! Lá estava de novo o casal José Carlos e Moema, sua esposa.  Rimos muito, fizemos fotos.






















De lá seguimos para Valença. Eles ficaram pelo caminho conversando com amigos de algum povoado que não saquei.

Por volta das 17h00 estava chegando a Valença, mas já havia me decidido a ir para Morro de São Paulo.  Localizei um estacionamento ILHA DE TINHARÉ, tocado pela simpaticíssima Juliete, Rua Marechal Floriano, 134, Centro (Fone 75 8835-3285 øu 75-8179-1068 - (R$ 20,00 por dia, independentemente da hora de chegada).

Deixei minha moto lá, levando somente o top case, com minhas coisas mais pessoais. Perguntei se aceitavam cartão de crédito e a Juliete me disse que somente em dinheiro. Perguntei onde ficava uma agência do Itaú, pois precisaria de grana no Morro de São Paulo. Ela me disse que lá havia caixa 24 Horas que daria a grana. Um garoto me levou o top case (pesado) e lhe dei R$ 10,00. Comprei a passagem pelo barco (lancha) veloz por R$ 20,00. A noite caía e a lancha enchendo de gente.

Quando zarpamos, já era noite e o luar se espalhava por sobre toda aquela água de forma genial!  Não consegui fazer fotos, mas os demais passageiros conseguiram.  Era um grupo muito alegre, aparentemente com 2 gays, que levavam um enorme bolo todo confeitado.  Haveria festa de aniversário naquela noite! 

Cerca de meia hora depois, aportávamos no Morro São Paulo. Havia pego informações sobre pousadas no trajeto de lancha com um garoto morador de lá e, com a ajuda dele, consegui levar minha bagagem rampa acima (rampa mesmo!!!).  Não foi fácil, mas cheguei na pousada recomendada.  

Estou numa pousadinha e hostel ( Escorrega no Reggae), em quarto privado, com ar condicionado, frigobar (vazio) e bem organizada. Diária = R$ 90,00, pagos adiantados no cartão.  Decidi ficar 2 pernoites.  Depois me viro para chegar a Aracaju, pernoitando ou não em Salvador. O ESCORREGA NO REGGAE fica próximo à fonte do centro, na parte alta do morro.

Tomei um banhão frio, ajeitei as coisas no pequeno quarto, conversei com o proprietário (RASTA) e ele me indicou uns 2 restaurantes.  Optei pelo Dice 10, vizinho à fonte, de um argentino (Bernie), radicado no Brasil há 23 anos, muito gentil e dinâmico.

Em alguns minutos, estava saboreando um jantar muito bom, com salada mista, arroz, feijão e um filé mignon!  Bebi uma cerveja, conversei com o Bernie um pouco e logo pagava minha conta => R$ 36,00.  Valeu cada grama! Pena que não aceitou cartão de crédito e paguei com meus penúltimos reais.

De lá fui ao mercadinho, onde comprei alguns itens, trazendo-os à Pousada.  Fiquei dando uma olhada nas fotos feitas hoje e pretendo colocá-las no blog em breve.

Resumindo, foi um dia muito especial, tendo encontrado pessoas ímpares, surgidas do nada, muito solidárias e alegres. Dicas muito boas e que fizeram meu dia muito feliz e completo.  Eles lerão este meu reconhecimento pelo que fizeram a este motoviajante.  Não deu para conhecer nada ainda de Morro de São Paulo, mas o farei amanhã.  

Por hoje é só!  Fiquem com Deus!

29-08-2015 => MORRO DE SÃO PAULO

Acordei por volta das 08h30, querendo dormir mais, porém como ficarei aqui somente até amanhã de manhã, precisei decidir e me levantei. Tomei um gostoso café da manhã, simples, mas com frutas e sucos.








1ª Estação de Tratamento de Água do Império (desativada).

Perguntei ao proprietário se havia caixa eletrônico 24 horas para retirar um pouco de grana. Restavam-me somente R$ 16,00 e a lancha de retorno custará R$ 20,00. Há o barco, mais lento, que custa R$ 10,00 e leva cerca de 90 minutos, enquanto a lancha leva 35 minutos.  

Ele negou a informação dada pela Juliete do estacionamento em Valença, que dissera haver tais caixas.  Aqui só há uma agência do Banco do Brasil e do Bradesco, além de uma lotérica que transaciona pela CEF.  Itaú, nem pensar!

Bem, esfriando a cuca com o problema, saí andando pelo local. Perguntei sobre os principais pontos turísticos e me informaram: Morro do Farol e da Tîrolesa de um lado e do outro, as 3 praias 1,2 e 3, pois são assim conhecidas por se fecharem.  Decidi seguir para o Morro do Farol para fotos, tipo belvedere.

Morro do Farol é um dos pontos mais elevados daqui. Além de caminhar (subindo) pelas vielas locais, você chega a uma escadaria feita de troncos, sendo os degraus preenchidos com areia. É íngreme e, para piorar, havia chovido à noite e onde havia areia, esta estava coberta por água. Uma lameira, por assim dizer.  Muitos degraus, levou ao cansaço a mim e outras pessoas que se aventuraram a subir.







Vi o farol da Marinha do Brasil, construído no século 19, bem conservado, mas sem acesso ao público.  Fiz fotos e fui para a tirolesa, cerca de 50m dali.





Daquele local se tem uma bela vista das 3 praias e do horizonte. Pude observar que os corais infestam a região e só há poucos locais para os tradicionais banhos de mar. Há que se ter muita cautela para brincar naquelas águas. Como estava na maré baixa, tudo isto ficava à mostra. Ocorre que com maré alta, a água sobe até engolir a areia, batendo nas pedras colocadas como arrimo de calçadas feitas de madeira, estas mais elevadas, até por isto.



                                                          
A tirolesa desce daquele ponto bem alto até uma espécie de piscina natural formada pela água represada da maré baixa. Não vi ninguém descendo por ela, porém havia o pessoal e equipamentos aguardando os saltadores.

Entre o Farol e a Tirolesa, entabulei conversa com algumas pessoas e, dentre elas, destacou-se uma senhora, de nome Mara, que disse morar em Moema. Muito rápida nas visitações, logo desapareceu dos demais.  

Comecei a descer a escadaria lameirenta, devagar para não escorregar. Enquanto descia, vislumbrei um casal que subia, já na metade da escadaria e, como era de se esperar, já cansados. Chegando mais próximo, o rapaz abriu um enorme sorriso e disse: Renatão!!!  Comecei a rir, pois havia identificado o Raul, amigo que frequenta a mesma academia (Monday), do Plaza Sul, em São Paulo.  Tremenda coincidência!



Aproveitamos para conversar um pouco, fazer uma foto de comprovação do encontro e quando nos despedíamos, trocando endereços no local, descia a Mara.

Fomos juntos até as 3 praias. Batemos um bom papo e ela foi me dando dicas pois estava lá há 2 dias, numa boa pousada da praia.

Com a maré muito baixa, não havia água para nadar ou mergulhar.  Acabamos nos despedindo, tendo ela permanecido em um rasinho para descansar e pegar sol.  Na volta, tive a oportunidade de ver topless “generoso”.... kkkkkkkkkkkkkk.  Para não dar uma de tupiniquim, não fotografei, claro!!!






















Passava das 13h00, voltei para a pousada, tomei um banho, me troquei e antes de sair, lavei algumas peças de roupas, pendurei-as e acabei adormecendo.  Acordei às 14h45.  Saí para almoçar e aproveitei uma moqueca muito boa. No total foram R$ 32,00, como a maioria dos almoços e jantares não sofisticados daqui, mas muito bons! Paguei com cartão, como na maioria dos locais do MSP.

Dei mais uma caminhada pelo centrinho e voltei para a pousada, onde dedilho meu netbook. Daqui a pouco vou me encontrar com o Raul e sua esposa, numa das 3 praias, lá embaixo. Não demorarei pois quero sair amanhã bem cedo, pegar minha moto no estacionamento, pois tenho que vencer uns 160km de Valença ao ferryboat que me levará a Salvador e de lá seguirei para Aracajú. Não sei se conseguirei fazer isto tudo amanhã, mas tentarei.

Bem, ficarei por aqui, mas antes gostaria de fazer um comentário sobre as pessoas daqui:

Conheço bem os brasileiros e sei que, mesmo com todas as dificuldades que passam, até por conta dos péssimos políticos que escolhem, são muito alegres e de pouca reclamação. Os baianos, em particular são assim, porém têm a fama de pouco interessados no trabalho, como exploram as inúmeras piadas sobre eles. 

Os baianos do Morro de São Paulo diferem muito dos baianos das piadas!  Aqui eles acordam cedo, andam rápido, carregam mercadorias, malas e todo tipo de materiais com carrinhos de mão, tipo pedreiro e fazem parte da associação dos carregadores! 

São gentis, educados e têm uma força descomunal, carregando pesos imensos em seus carrinhos, subindo e descendo por todas as ladeiras daqui.  Andar por aqui já é difícil, agora imaginem carregando peso como fazem!  Incrível!  Ah! Como todos os brasileiros, por onde passamos veremos gente local rindo e conversando animadamente.  Até os garis trabalham assobiando ou cantando! 

Fiquem com Deus!

30-08-2015 => RUMO A ARACAJÚ

Ainda no Morro de São Paulo, antes da partida...  Durante o sono, mesmo sem estar grilado, acabei pensando como conseguiria os R$ 4,00 para pegar a lancha rápida, pois o tempo era bem mais curto que a tartaboat.  Quando acordei, antes do café fiquei furungando bolsos, pacotes, top case e acabei conseguindo moedas que totalizaram R$ 4,20.  Vivaaaa! Iria de lancha!!! 

Desci, tomei meu café, retornei ao quarto e arrumei a bagagem. Sobravam R$ 0,20 logo, nem pensar em contratar um carregador! Tudo bem que, desta vez, havia mais descidas que subidas, mas foi um parto chegar no pequeno cais.  Suava às bicas!

Todo faceiro, no balcão pedi passagem na lancha rápida e quando fui pagar, a garotinha disse: “R$ 22,00 senhor.  Hoje é domingo!”  Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...  Rindo para não chorar, meus!!!  Sem melodrama, perguntei horários de saídas da lancha e do tartaboat (barco tartaruga). Ela me disse e chegariam quase no mesmo horário, já que o tartaboat sairia mais cedo.  Quando ela me falou de um ônibus, achei que ouvira mal.  “Sim, senhor, o tartaboat leva até o Embarcadouro, não até Valência!  Não se preocupe, é rápido!”

Tenho temperamento decidido e já havia tomado minha decisão há pouco: Iria de tartaboat! “Senhor, ele sairá dentro de 15 minutos.  Acho melhor o senhor ir até ele”.  Novamente, quase arrastando o top case consegui chegar no barquinho, uma espécie muito comum para travessias.



Logo seu motor diesel deu partida e arrancou. Uma hora depois, chegávamos ao  Embarcadouro.  O Luís, piloto do tartaboat, disse que o ônibus estaria nos esperando logo ao lado do cais.  Maravilha!

O Capitão do tartaboat, Luís, fez uma grande apologia à região vizinha ao Morro de São Paulo, chamada GAMBOA, por sinal o nome da empresa dona do barquinho.

Ele disse que é o melhor carnaval, depois de Salvador, preços mais acessíveis que os do MSP e que em Gamboa os nativos eram cerca de 90% da população, enquanto que no MSP há incrível quantidade de estrangeiros que se radicaram lá, abrindo seus negócios. 

Nada contra isto, pelo menos para mim, pois esse pessoal se tropicalizou totalmente e aderiu aos costumes regionais sem perder a essência da organização e determinação nos negócios, comum a todos os europeus.

Durante a conversa, considerando a presença de muitas pessoas com características evangélicas (cabelos longos, saias longas, bem vestidas e Biblia às mãos), o Luís me disse que há cerca de 10 igrejas protestantes para 1 única da ICAR (igreja católica)!  Então, você, que é evangélico, não se preocupe com seus cultos durante sua estada em MSP ou Gamboa, há muito a fazer.

Chegando a Embarcadouro, passamos pela catraca local e nos dirigimos para o ônibus que estava ali perto.  Fechado e sem motorista! Esperamos um tempão! Não havia ninguém para nos orientar ou dizer algo.  Bem, todos conseguiram umas cadeiras e sentaram, inclusive eu.  Parece brincadeira, mas o único ônibus que chegou ao local era o que esperaria o próximo tartaboat!!!  Putz, fazer o que¿  Diria a Marta Suplicy: Relaxar e gozar!

Abaixo está a "rodoviária" de Embarcadouro e o carrinho que mencionei anteriormente.




Resumindo, saímos do Embarcadouro uma hora depois do planejado!  Um calor de estourar pipoca e aquele povo recebendo tudo isto como se fosse a coisa mais natural!  Não ouvi a mínima reclamação! Subimos no dito cujo e chegamos em Valência 90 minutos depois do previsto pela caixa das embarcações.

Em Valência, novamente, me arrastei com aquela bagagem, nem tão pesada, mas de difícil agarre. Para 2 quarteirões e atravessar pela ponte levei quase meia hora! O ônibus nos deixou do outro lado. Só para facilitar, claro!





Cheguei no estacionamento, coloquei o top sobre a moto, andei 2 quarteirões e saquei grana na agência Itaú.  Tivesse ido logo que cheguei em Valência, não passaria tanto perrengue! 

Muito gentil, a Juliete, do estacionamento, me abriu a porta para ficar um pouco no ar condicionado e me ofereceu café, aceitado de pronto!  Em seguida, paguei os R$ 60,00 pelas 3 diárias, liguei minha Yellow e me mandei rumo a Ilha de Itaparica e, por ferryboat, cheguei a Salvador. 

Estradinha muito boa, rodei uns 160km até o ferryboat. A travessia dura uns 50 minutos, porém todo o esquema dura quase 2 horas (entrada, aguardando saída e descida do ferry).





  

Durante o trajeto do ferryboat, um alemão magro, com sotaque arrastado, puxou papo comigo sobre a moto, sobre minha viagem e disse que também pilotara motos por muitos anos, na Europa e na América do Sul. O papo foi tão bom que nem dissemos nossos nomes. Ele estava indo buscar seu filho de 25 anos, que vinha da Alemanha para conhecer o paraíso que o pai encontrara em Morro de São Paulo.

Depois do 1º divórcio na Alemanha, ele andou de moto por muito tempo e acabou aportando no Morro de São Paulo, onde conheceu sua atual esposa e com a qual tem um filho baiano, de 5 anos. No dia a dia, ele participa de grupos de mergulho no MSP, pela agência de um amigo, mas tem uma área de terra, na qual planta de tudo e vende no MSP.  Ele também recolhe dos vizinhos a produção diária deles e leva para o MSP. Esta vida junto à natureza é o que ele mais se agradou e, por ele, jamais deixará esta vida simples, mas muito boa! Ao atracarmos, nos despedimos e fui à moto.

De repente pilotava pelas avenidas paralelas daquela cidade, rumo ao Aeroporto, Teixeira de Freitas, Camaçari, Dias Dávila, que me levaram ao início da Rodovia do Coco (Via ou Linha Verde).  Eram cerca de 15h00 e decidi seguir em frente. Se encontrasse local bom para pernoite, pararia pelas 18h00.

A ideia de parar às 18h00 não vingou.  Pude entrar para Mangue Seco, que fica entre a Bahia e Sergipe, mas como já conhecia o local, não quis ir para lá.  Isto me desviaria da BR-101 que me levaria a Aracaju depois de sair da Estrada do Coco.  Continuei na BR-101.

A noite caiu rápido e o luar (luz cheia) servia para guiar-me com o auxílio do farol. O problema é que esse pessoal costuma dirigir à noite com o farol alto ligado e pouco se importa com quem cruza. Isto serve para ambas as mãos!  Os carros que vêm ou que vão estão com seus faróis altos ligados e isto transtorna pela visão de frente quanto pelos espelhos! Era de perder a paciência! Não podia pilotar com velocidade adequadamente maior devido a perda de visão. Assim, somente com um automóvel à frente podia desenvolver maior velocidade.

Pilotar atrás de ônibus tem um inconveniente ruim, que são as descargas do banheiro pelos passageiros. Ciente disso, não me aproximava de nenhum deles e os ultrapassava rapidinho.

Assim, rodei os cerca de 330km entre Salvador e Aracaju, chegando às 20h00, demorando mais que as 4 horas e meia calculadas.  Não gosto de pilotar à noite, nem tanto pela iluminação, mas pelos faróis altos, pelas curvas desconhecidas e, principalmente, quando há chances de buracos na pista. Assim, redobrar a cautela gera mais cansaço e tensão!  

Não é à toa que cheguei muito cansado. O dia fora longo, complicado e muito cansativo!  Nada disso, entretanto, tira o brilho desta viagem tão legal, que qualquer motociclista gostaria de fazer!

Na bifurcação entre Atalaia Velha e Centro de Aracaju, optei pelo último e logo que cheguei à rotatória, vi um posto e 2 táxis parados. Dica deles: Fique neste hotel ao lado, embora haja diversas pousadas perto. Andei 50m e entrei no JACQUES HOTEL.  Simples, mas muito confortável. Preenchi a ficha, subi ao quarto, tomei um banho e saí para comer algo. Só havia tomado o café da manhã.

Dica do recepcionista => Casa do Pastel, ali próximo. Fui a pé. Cheguei e a casa lotada!  Esperei um pouco, pedi pastel de calabresa com queijo, enquanto aguardava a pequena lasanha de camarão. Uma jarra de limonada suiça completou o quadro.  Putz, o cansaço é uma droga! Comi a metade da lasanha, até porque havia tanto camarãozinho que enjoei!  Paguei, caminhei de volta ao hotel e tentei digitar algo, sem sucesso.

31-08-2015 => RUMO A MACEIÓ

Acordei com o celular tocando.  Era o Everaldo, meu sócio e amigo de Maceió. Queria saber com quantos motociclistas eu estava e a que horas chegaria lá. Queria preparar o alojamento. Disse-lhe que estava só e que chegaria depois de umas 4 horas de moto. Disse-lhe que digitaria um pouco meu netbook e seguiria viagem.  Combinamos que ele me esperaria em seu apto a partir das 15h00, logo precisarei seguir às 11h00.

O café da manhã no Jacques Hotel é muito bom e tomá-lo ouvindo o canto de vários pássaros que habitam um enorme viveiro é genial!  Pior foi ter que misturar o canto com um camarada que conversava com outros 2, de forma incessante e alto!  Deu vontade de mandá-lo calar-se, pelo menos um pouco! Tem gente que não se acanha, como dizem os gaúchos! Acha que está abafando falando alto, contando e rindo de suas próprias histórias!  Que saco, meus!









Voltei para o quarto e cá estou digitando.  São 09h52 e me prepararei para partir.  Encerro agora.

O trecho entre Aracaju e Maceió tem bons e maus pisos, duplicidade de pistas e não, mas o trânsito diminuiu, principalmente dos caminhões.  Saí de Aracaju por volta das 11h30 e cheguei a Maceió exatamente às 15h00. Já me esperavam o Everaldo e Magali, que me hospedariam em seu apto.

Algumas fotos da chegada a Maceió - AL.











Como não havia almoçado e eles já o haviam feito, prepararam-me algo para comer e devorei tudo que apareceu à frente. Tinha mais sede que fome e aquela água gelada caiu muito bem!  Passamos a tarde toda conversando muito, relembrando o passado em Macaé, onde todos morávamos e trabalhávamos.

O interessante no Everaldo é que ele é um alagoano arretado e engraçado. Você começa contando um “causo” sério e ele, de repente, traz uma piada que comenta exatamente aquele assunto.  Putz, é incrível a memória que ele tem para tais situações e a facilidade com que conta piadas, sem ser repetitivo. 

A Magali é aquela esposa e mãe tradicional, muito apegada à família e carinhosa ao extremo. Suas lembranças de jovem criada em fazenda na região de Barra de Piraí – RJ daria para redigir vários livros, tal a facilidade com que conta em detalhes todo o ambiente e o que ocorria naquela época. Assim, sentar-se com eles e conversar precisará sempre de muito tempo, pois os assuntos são muitos e divertidos.





À noite, como há cerca de 1 ano, fomos jantar no Restaurante Parmegiana. O prato é enorme, mesmo para 3 pessoas e o que pedimos trouxe filé mignon + camarão + filé de frango, tudo coberto como manda o parmegiana. Acompanhado por arroz e puré de batatas o prato é imbatível!  Não me permitiram pagar a conta, embora tenha insistido.

Depois fizemos um passeio de carro por Maceió e, finalmente, voltamos para o apto, onde dormi como uma pedra!

01-09-2015 => RUMO A JOÃO PESSOA - PB

Pela manhã, após o café, novos papos, agora com a presença do Eduardo, filho deles, que mora em Maceió.  Por volta das 09h00, deixei-os e segui o Eduardo que me levou para a rota mais curta e rápida, rumo à BR-101, que segue para João Pessoa – Paraíba.

A distância de menos de 400km foi percorrida em tempo maior que o previsto, haja vista o estado lamentável da BR-101 em diversos trechos, entremeados com bons pisos e pistas duplicadas.

A pior nota é a passagem por Recife, chegando e saindo daquela cidade. O trânsito fica uma doideira, com milhares de veículos (automóveis, caminhões, motos e ônibus) buscando um pedaço bom de asfalto para colocar seus pneus. Não há como não congestionar tudo!  Imaginem o quadro: Garoa, um calor infernal, trânsito insuportável, buracos e mais buracos e ainda usando capa completa, incluindo galocha! 

Nestas horas sempre me pergunto o que estou fazendo ali, se podia estar num auto, com o ar condicionado ligado, ouvindo notícias ou músicas, sequinho e confortável.... hehehehehe... Eu me lembro do frio intenso, da chuva incessante e do vento incrível batendo na lateral na última viagem ao Ushuaia, onde eu me perguntava a mesma coisa, só que dentro de uma cabine dupla quentinha e tomando um chá ou café!  É sempre a mesma coisa!  Reclamo e reclamo, mas dentro em pouco cá estou fazendo da minhas!!!

Cheguei em João Pessoa por volta das 16h00, a tempo de encontrar esta Pousada onde estou na Avenida do Cabo Branco, muito legalzinha!

Depois do banho, contatei a família, soube do ótimo resultado da cirurgia que minha filha fez de correção do septo nasal e pude comer pizza rodízio, bebendo uma Brahma, pois ninguém é de ferro!  Agora estou digitando para não perder detalhes importantes.

Amanhã, terei cerca de 182km para rodar, somente.  Aproveitarei para dar uma volta por João Pessoa, principalmente em suas praias e pegar a BR-101 destino a Natal, onde permanecerei por 5 dias diretos, no 8º Encontro dos Bodes do Asfalto Nacional, de 03 a 07-09-2015.

Fiquem com Deus!

02-09-2015 – JOÃO PESSOA - VISITA PRAIAS   

Pela manhã, tomei o café e saí com a moto para um passeio às praias próximas do hotel, já que teria que deixá-lo às 12h00.  Minha reserva em Natal começa hoje.

As praias centrais de João Pessoa, como a do Cabo, onde me hospedei, são normais com areia grossa, pequena faixa e ondas que rebentam suaves. O sol estava muito bom e toda a orla, bastante urbanizada, estava preenchida por pessoas que caminhavam, outras trabalhavam em seus quiosques ou passavam em seus carros em direção ao trabalho.

Peguei sentido litoral sul, onde disseram estar as mais bonitas praias da cidade. Fui a umas 3 ou 4 e são bonitas, porém sem nada especial que as destaque de praias conhecidas do litoral norte paulista ou do Rio de Janeiro, ou de Natal ou Fortaleza.   O povo, como todo brasileiro, é muito simpático e comunicativo, sempre disposto a dar mais do que você está disposto a pedir, entendem¿

O céu estava muito ameaçador, com enormes nuvens negras, prenunciando tempestade à frente.  Consegui percorrer as praias sem que a chuva me pegasse, mas não dei sopa para ela e voltei por volta das 10h30.  Foi o tempo de me arrumar, fechar o top case e me colocar na rota da BR-101, via GPS.






Fiz um vídeo de minhas visitas às praias de João Pessoa, porém ficou muito pesado para descarregar aqui.  Com mais tempo, eu o editarei com trechos melhores e postarei.

Estava sendo iniciada a última parte da 1ª etapa desta VIAGEM INTRA BRASIL.

02-09-2015 => RUMO A NATAL - RN

Depois de 189km de ótima estrada, na qual devo ter pegado 1 ou 2 multas por radares, cheguei ao Hotel Vila do Mar, na Via Costeira, Natal – RN. Eram 15h00, o hodômetro marcava 82.174km e, logo, havia rodado 3.456km até aqui, desde 25-08-2015. Isto significa que meus cálculos são quase precisos => 384 km-dia, considerando paradas, pernoites, pemanência em algum lugar etc.

Como estava muito calor, decidi ir à praia, imediatamente.  Passando pela piscina, conversei com 3 amigos e fui ao mar, logo à frente.  Delícia de água, quentinha, porém arrastando cruzadamente. Fiquei uns 20 minutos e fui à piscina com os amigos.

Muito papo, com histórias da viagem que fizeram de MG até aqui, de moto para depois nos recolhermos e preparação para o jantar. Acabei fazendo isto somente depois das 21h00, quando já haviam encerrado o jantar self service e acabei comendo um outro parmegiana que, aliás, não tinha nada a ver com o de Maceió. Aquele de Maceió é impar!

Voltei ao apto a tempo de assistir a vitória do Timão sobre o Fluminense por 2x0.  Cochilei e estou fechando o netbook agora.

Fiquem com Deus!

03-09-2015 => HOTEL VILA DO MAR 

Hoje levantei para tomar café e vim para o apto para colocar meu blog em dia, com fotos e o que fosse necessário.  Demora muito baixar as fotos para inseri-las no blog, logo fiquei o dia todo nessa atividade, sem sequer almoçar. O dia foi muito bonito, fiz uma ou outra foto da minha varanda, mas farei outras a partir de amanhã, quando o evento realmente ocorrerá.

Daqui a pouco irei jantar no próprio hotel. São 18h28 e estou com fome.

03-09-2015 => 8º EBAN – NATAL 2015 => HOTEIS IMIRÁ e VILA DO MAR.

Chegado ontem, dia 02, usei o dia de hoje para atualizar o blog desde 25-08-2015, incluindo as últimas passagens até a chegada e inserindo fotos, o que não havia feito. Depois de concluído, pude colocar tudo no blog, deixando o word para as futuras inserções.

Como previsto, farei o blog relativo a esta viagem solo INTRA BRASIL em 3 etapas, encerrando a primeira fase com minha saída de Natal, o que ocorrerá dia 07-09-2015.

Hoje foi dia de tomar café e morgar bastante, além de digitar o blog. Fiquei bastante tempo na piscina e na praia visando relaxar e deixar que as dores musculares nos ombros, no pescoço e no braço direito relaxassem. Havia poucos motobodistas na área, principalmente neste Vila do Mar, que foi o hotel coordenado pelo MCBDA Natal como opção aos motobodistas que não mais conseguiram vagas no Imirá.  Assim, foi um dia atípico nessa viagem!

Abaixo, algumas fotos deste hotel. Externamente, ele se mostra bem cuidado com seus gramados, restaurante, piscinas e locais para se refestelarem os hóspedes, porém, no interior dos quartos ou aptos, percebe-se que a pintura, o piso e a varanda mereceriam maior atenção dos gestores. Isto não o torna ruim, pois seu serviço é muito bom, com pessoas prestativas e ativas. Para ter uma ideia, a academia praticamente é um depósito de sucatas, com muitos, senão todos, os equipamentos quebrados e sem manutenção.  Ainda bem que há a praia e o calçadão na avenida Costeira para prática de esportes. Seu café é muito bom, porém repetitivo demais para quem permanecer mais que 3 dias. Há quem goste de tapioca e há uma colaboradora para atender estes entusiastas, com vários sabores.

O espaço interno e o nº de aptos é muito grande, tornando-o uma referência no visual da praia e de quem o vê pela avenida Costeira.  O preço acordado pelo MCBDA Natal foi próximo a R$ 260,00 por dia, embora a preço da tabela seja bem superior.  Para quem vinha pagando entre R$ 70,00 e R$ 100,00 é caro, mas proporcional ao que oferece, certo¿  Aqui não estou de passagem, onde desejo somente um bom banho e uma cama adequada para o repouso.





04-09-2015 => 8º EBAN – NATAL => RECEBIMENTO DO KIT E MAIOR MOVIMENTAÇÃO MOTOBODISTA.

Pela manhã e depois do café fui ao Hotel Imirá, distante uns 500m, para buscar meu kit evento, confirmando minha chegada. Naquele local encontrei vários motobodistas conhecidos, incluindo o Presidente e Fundador do MCBDA, Edson Sobrinho, bom pernambucado, radicado em Feira de Santana há muito tempo e cidadão baiano por osmose natural.

Como sempre, sua aparência bonachona e presença simpática agrega muitos integrantes, fazendo com que se locomova por este Brasil com muita frequência, convidado que é dos inúmeros EBA´s – Encontro do Bodes do Asfalto nas centenas de cidades onde há integrantes.  Aproveitei e fiz foto com ele e alguns outros para registro.  Em fotos é difícil o encontrarmos sorrindo, a menos que o peguemos distraído, mas é um camarada alegre e comunicativo.  Um adendo, ele poderia ganhar muito se se dedicasse a cantar as músicas do Tim Maia, já que é perfeita sua interpretação como “cover” daquele.

















Novamente, foi um dia tranquilo, onde a maioria dos motobodistas chegariam à tarde para noite, a tempo de participarem do coquetel de abertura do 8º EBAN.  Fiz algumas fotos, continuei revendo e conhecendo amigos de vários lugares brasileiros.

COQUETEL DE ABERTURA
Ocupando 3 ou 4 salões contíguos do Hotel Imirá, a coordenação inaugurou, com a presença do Presidente Edinho, o 8º EBAN do MCBDA Natal. A alegria foi crescente à medida que os integrantes foram chegando ao evento e reencontrando amigos de muitas jornadas, de visitas e hospedagens, de apoios e socorros.  Os EBAN´s têm uma finalidade principal que é a de congregar os integrantes daquela cidade-estado e todos os demais estados do Brasil.

Inúmeros motobodistas pilotam suas possantes por milhares de kms para chegarem aos eventos, por  considera-los muito importantes para o motociclismo nacional. Aqui em Natal, víamos motos com as placas de cidades próximas, dos estados próximos, entretanto também de estados muito distantes,  Rio Grande do Sul, por exemplo. Estes viajaram cerca de 4.700km para chegarem aqui.  Estão de parabéns todos os integrantes, distantes e próximos, pois alegraram muito este EBAN.

Ainda que os de mesma origem tenham se agrupado em mesas distintas, houve muita integração com circulação entre as mesas, encontros próximo do palco e, principalmente, nos “2 postos de serviços” onde todos se serviam de chopp à vontade!  A única condição para se empanturrarem de chopp foi a compra de um caneco de alumínio por R$ 35,00, com renda destinada à benemerência.

FOTOS DO COQUETEL


























Naquela noite, já congregado com o amigão BASILE e sua esposa CIDA, da mesma FACÇÃO SUPER CAP que eu, São Paulo – Capital, tivemos a alegria de compartilhar à mesa com figuras ímpares que conhecemos naquela noite e residentes em Natal.

São os amigos Fontenele, com sua esposa Celinha e Kader. São ambos coronéis aviadores da FAB, da reserva, cariocas e, além de simpáticos, tremendos contadores de histórias. Foi uma noite muito alegre, de muito bom papo, com circulação entre as mesas e, em todos os cantos, risadas e gargalhadas à solta! As esposas Cida e Celinha também se integraram aos papos até que a noite avançou e o sono bateu.

Ficamos de nos encontrar na noite seguinte, quando teremos o Jantar do Evento, no mesmo local

FOTOS DOS NOVOS AMIGOS




05-09-2015 => VISITA PRAIA MARACAJAÚ

Logo após o café, convidado que fora pelo casal Basile, fui com eles para a Praia Maracajaú, distante quase uns 50km de Natal, cujo menor distância nos levou a passar por pequenos bairros distantes de Natal, com quase nenhuma infraestrutura urbana, a não ser um velho e detonado asfalto, com muitos buracos.

A característica daquele local não é, certamente, sua praia, muito comum e pouco frequentada, mas a infraestrutura para se visitar alguns kms adentro do mar, uma área onde a maré baixa permite profundidade de até 0,70m, com milhares de pequenos peixes que mordiscam os alimentos que se joga.  Pagamos R$ 60,00 por pessoa para embarque no catamaram.

A espera para que a maré seja adequada e a visitação permitida pela Marinha fez com que esperássemos cerca de 3 horas, entretanto o local é dotado de bar, restaurante e piscina, tornando a espera muito agradável.










A chegada ao catamaram não é feita pelas pequenas balsas infláveis, como em outros locais, mas a pé, com os pertences alçados sobre a cabeça, com a água batendo da cintura ao peito. Na escada do catamaram há funcionários que ajudam na subida ao barco.  

As regras são rigorosas quanto à segurança, sendo obrigatório o uso de coletes salva vidas e a permanência sentados durante o percurso de cerca de 7km.  Durante o mesmo, inúmeras mensagens de segurança e preservação ambiental são dadas, além de orientações quanto ao uso do snorkel (respirador + óculos de mergulho), além daquelas para uso do cilindro, a quem desejasse experimentar este tipo de mergulho.

Chegamos  uma plataforma que é ancorada sobre o platô de calcáreo e a profundidade naquele horário era de 2,10m. Como sempre, não me adaptei ao uso de snorkel e o tirei para fazer minha entrada na água.  Já o Basile e a Cida usaram os seus e se deram bem.

Experimentei minha Go Pro Ling pedindo a um dos fotógrafos da plataforma que filmasse o fundo calcáreo e ele o fez. O vídeo ficou legal, embora nada de extraordinária se viu ali embaixo.

Depois de umas 2 horas, retornamos ao local de saída e, de lá, retornamos ao Hotel Vila do Mar.  Logo mais teríamos o Jantar do Evento. 

Foi um banho legal, pois pela primeira vez, desde que cheguei a este hotel, tive água quente de verdade e em boa vazão. A válvula de controle de temperatura do chuveiro é invertida, pois onde informa água quente é fria e vice-versa!  Putz, tomei banho frio desde que aqui cheguei!!!  Tudo bem, se fosse mesmo fria, eu teria reclamado, mas não o era.

Às 19h30, eu, o Basile e a Cida fomos ao jantar, no Hotel Imirá.

De novo, os salões estavam com suas mesas lotadas de motobodistas com suas famílias e amigos. As conversas, as risadas, as fotos e as histórias se repetiram entre todos, dentro de um ambiente muito amigo e fraterno.

Logo mais, o Paulo Armond, da minha Facção Super Cap e que havia vindo de SP com amigos de Minas Gerais, pela BR-116, chegando a Natal no mesmo dia que eu, sentou-se ao meu lado na mesa.  Estava programado que faríamos a viagem a Belém e retorno a São Paulo juntos, a partir de Natal, entretanto ele se mostrou preocupado com a prolongada viagem e, por recomendação de sua esposa, que viajou a Natal de avião, me disse que estava abortando sua ida a Belém.  Lembro a todos que o Paulo foi submetido a uma cirurgia cardíaca com 3 ou 4 pontes safena há somente 3 meses.  Nada mais justo que apoiá-lo nisso, liberando-o do compromisso anterior.

Assim, em 07-09-2015, seguirei viagem a Belém-PA, via Fortaleza-CE, Parnaíba-PI e São Luiz-MA.  Ainda não preparei o roteiro mínimo de sempre, mas o farei logo mais, para orientação ao meu GPS, velho companheiro e orientador.

Revi alguns amigos muito próximos, como o Gianelli – MCBDA Facção ABC-SP, o Marcão – Faccção Zona Norte-SP, o Maçaneiro – Facção Curitiba-PR e o Sérgio Napoleão – Facção Belém-PA, entre outros, como o Silva, de Santos-SP, figurinha carimbada, de igual qualidade e que seriam numerosos para listar aqui. 

Como sou motoviajante solo ou pouco acompanhado, eles são pessoas com quem tenho contato maior por Internet, porém sinceros e confiáveis! O Maçaneiro e Napoleão são motoviajantes contumazes e trocamos muitas figurinhas via Internet.




















Novamente estivemos juntos com o Fontenelle e sua esposa, repetindo-se a noitada anterior de muitas histórias e bom humor. É um casal ímpar, com filhos já maiores e casados e que curte esta parte da vida com viagens e amizades próximas.  Como se diz na organização a que faço parte: Foi uma grande aquisição estes amigos!

Próximo à meia noite, já cansados, decidimos nos retirar e dormir.  Amanhã será dia do almoço do evento, uma dormidinha à tarde, o jogo do Coringão contra o Palmeiras e a preparação dos bauletos visando o reinício da viagem, rumo a Belém-PA.

Caso haja alguma novidade retornarei, caso contrário, fiquem com Deus!

06-09-2015 => ALMOÇO E ENCERRAMENTO DO 8º EBAN-NATAL.

O dia nasceu ensolarado, como nos últimos dias. Tomei o café, decidindo “morgar” nesse último dia em Natal, dedilhando meu netbook pela manhã e almoçar no Imirá Hotel com os amigos do MCBDA.

Saímos juntos, o casal Basile e eu, em direção ao Imirá. Fomo pelo centro, passando pela Cervejaria Continental, que hoje tem outro nome e, rapidinho, chegamos ao Hotel.  Lá dentro, no restaurante, nos esperavam os novos amigos Fontenelle e Kader, com suas respectivas esposas Izaura e Celinha.

Fomos recebidos com sorrisos e abraços, como se velhos amigos fôssemos. De novo o papo rolou solto, com cada um focando seus maiores assuntos, entre coisas novas e antigas, mas que alegraram e muito o reencontro.

Desta feita, soubemos o apelido do Fontenelle, como chamado pelo Kader, ou seja, “Jaguar”, como era denominado seu esquadrão em Anápolis – GO, onde desempenhou a atividade de piloto de caça.

Conversamos sobre meu reinício de viagem e ambos me deram recomendações sobre os trajetos, incluindo cautelas com buracos e animais nas pistas do Ceará. Fiz uma foto com a presença dos 3 casais, que se encontra abaixo:



Fiz contato com o Napoleão visando alguma orientação sobre o trecho entre Parnaíba e São Luiz, haja vista que o site sobre distâncias apresenta 771km em asfalto e cerca de 500km menos em terra de terra.  O Napoleão não soube me informar, mas disse que se conseguisse algo me passaria pelo zapzap.  Disse ainda que pediria ao MCBDA de São Luiz que me desse algum apoio aquela cidade, haja vista que em Belém já estava coordenado algum integrante do MCBDA.

O almoço foi simples, mas ainda assim saboroso. Como sobremesa, comi cocada mole em 2 versões e estavam muito boas!

Pensando em me preparar, decidi dormir um pouco à tarde e me despedi dos amigos. Vim para o hotel, dormi e agora digito meu blog em word.  Estou tentando inseri-lo no blog, encerrando esta 1ª etapa do Intra Brasil em Duas Rodas, mas não consigo pois não há sinal de Internet no apto.  Já pedi providências e as aguardo da manutenção do Hotel Vila do Mar.

Meio chateado, vejo que o jogo do Timão x Corinthians não está sendo transmitido, mas o do Flamengo x Fluminense.  Mesmo assim, o jogo está Palmeiras 3 x 2 Corinthians e isto não me agrada!!!  Quem deve estar feliz é o Basile, pelo que sei, palmeirense.  Bah tchê, neste momento o Vagner Love empata contra o Palmeiras.  Agora o jogo está 3x3!!!  Melhorou,  meus amigos!


Enquanto isto, informo as seguintes distâncias a percorrer a partir de amanhã, 07-09-2015, com previsão de dias para chegar a Belém:

NATAL a FORTALEZA
BR-304 + CE-040
531 KM
01 DIA




01 DIA
PERMANÊNCIA
FORTALEZA a PARNAÍBA-PI
VIA SOBRAL
487 KM
01 DIA




01 DIA
PERMANÊNCIA
PARNAÍBA a TEREZINA

400 KM
01 DIA

TEREZINA a SÃO LUIZ-MA

390 KM
01 DIA




01 DIA
PERMANÊNCIA
SÃO LUIZ a BELÉM

791 KM
01 DIA




01 DIA
PERMANÊNCIA

Bem, meus amigos e amigas, passa da meia noite e daqui a poucas horas estarei pegando a estrada rumo a Fortaleza. Faltam cerca de 6.000km para completar minhas rotas, de volta a SP.

Para finalizar, envio meus cumprimentos a toda a equipe que organizou o 8º EBAN-Natal, que se desdobrou nos atendimentos a todos, inclusive a mim, em especial, o Moura e sua esposa Eliane.

Fiquem com Deus!




07-09-2015 => RUMO A FORTALEZA

Como fui dormir tarde, praticamente à 01h00, acordei mais tarde, com o sol brilhando fortemente na janela do quarto. Já havia preparado os bauletos e fechado a conta na noite anterior. Assim, tomei meu café, voltei ao quarto, peguei os últimos apetrechos e, ligando a GS1150, me pus na estrada.

Logo no início da BR-101, enchi o tanque. Eram 09h00 da manhã.

A estrada estava ótima e assim permaneceu o tempo todo. Rodados 283km, cheguei a Mossoró, parando no posto Nacional II para reabastecer, com 13,39 litros. Isto informa que a moto está fazendo 21,13km por litro, o que é ótimo!

Naquele posto, vi a moto GS650 estacionada e logo vi que o Vicente de Paulo – MCBDA Fortaleza era o piloto, tendo como garupa, um dos seus filhos.  Retornava do 8º EBAN.  Disse que estava enrolado com uma diarréia danada, que o estava atrasando na viagem.  Só naqueles minutos de parada para abastecimento e tomar um suco, ele havia ido ao banheiro por 2 vezes!

Despedi-me dele e em pus na estrada, pois ele vinha mais devagar que eu.

FOTO VICENTE DE PAULA E FILHO
 


O piso continuava muito bom, o trânsito regular, sem congestionar e assim foi até que peguei a CE-040, logo após visitar Aracati-CE, fazer algumas poucas fotos e retornar ao trecho.

Comumente, os turistas chegam a Canoa Quebrada sem passar por Aracati, município a que pertence a famosa praia das falésias cearenses e das inscrições tão conhecidas.  

Eu busquei fotografar alguns pontos da cidade em homenagem ao meu sempre amigo Dr. Edgar, natural daquela pequena cidade e há muitos anos morando no Rio de Janeiro, onde construiu toda sua história mais pujante, desde que saiu do ITA, onde cursou engenharia.  Para todos os seus colegas do ITA, ele ficou conhecido como Aracati, em homenagem à sua origem. A ele o meu abraço e o meu reconhecimento.

FOTOS DE ARACATI














A tranquilidade que se observa nas fotos é real!  Havia pouca movimentação dos habitantes pela cidade, onde somente alguns carrões com ar condicionado à toda passavam de um lugar a outro.  Talvez por isso, ele seja o exemplo do camarada sereno, tranquilo mesmo.... kkkkkkkkkkkkkkkk...

Na CE-040, mesmo que com ótimo piso, tem longo trecho em obras e o nº de carros aumentou bastante. Mesmo assim, não foi complicado até chegarmos mais perto da cidade.

Próximo a Fortaleza, havia um congestionamento brutal de vários kms. Pilotando pelo corredor, consegui vencer aquele enrosco e percebi que tudo aquilo era devido a leves batidas entre 3 carros, com a guarda municipal atendendo o caso.  Sendo rodovia federal, logo chegaram 2 viaturas da PRF e devem ter solucionado mais rapidamente, encostando os veículos fora da pista.

Embora tenha praticamente morado uns 18 meses em Fortaleza, nos idos dos anos 80 e tenha visitado esta cidade outras vezes nos anos posteriores, confesso que pouco reconheci a cidade e não fosse meu GPS, não teria encontrado a Avenida Abolição tão facilmente.

Naquela avenida me senti mais em casa. Aproveitei e fui passear na Praia do Futuro, enquanto buscava um hotel para o pernoite.  Eram 15h30, com sol ainda muito quente.

Vislumbrei o Hotel Barrudada e acordei o pernoite com a recepcionista => De R$ 189,00 para R$ 133,00 com pagamento em espécie.  O hotel merece já uma manutenção geral, como quase todos os que passei, mas tem pessoal atencioso e simpático. Havia rodado hoje cerca de 550km.

O apto é de frente e consigo ver a Praia do Futuro, embora esteja a uma quadra de distância. É na zona do agrião, diria meu irmão Vitão, se vivo estivesse. O agito na praia é enorme!

Descarreguei o top case, vesti meu calção de banho e me fui à praia. Enorme calor e sede logo favoreceu uma Skol geladinha, que desceu redondo mesmo!!!  Um mergulho naquela água não gelada foi o prêmio pela motocada do dia.

Aquele banho e a cervejinha provocaram a moleza que me levou ao soninho legal de 1 hora, logo após o banho.  Amanhã cedo darei um giro pela praia dos Diários, relembrando um pouco daquele visual e pegarei a estrada para Parnaíba, no Piauí, distante 487 km daqui.

Bem, por hoje é só!  Fiquem com Deus!

08-09-2015 => RUMO A PARNAÍBA-PI

Novamente dormindo tarde, passada a meia noite, só podia acordar mais tarde mesmo! O café foi sensacional no Barrudada, muito variado e gostoso!

Coloquei o topcase na moto, setei o GPS para Sobral e saí do hotel. No relógio => 08h30.

Não foi fácil deixar Fortaleza e pegar a BR-322 que me levaria a Sobral e Parnaíba.  O trânsito é infernal naquela cidade, sem muita escapatória.  Ainda que o GPS me indicasse como seguir, percebia que o tráfego era intenso e demoraria muito.  

Parti para o velho e eficaz contato pessoal.  Perguntando aqui e ali, soube que havia uma manifestação atravancando todo o trânsito na cidade.  Fui saindo da Aldeota, retornei às praias, passei pelo centro, alcancei a Avenida Bezerra de Menezes que leva à BR e, finalmente, cheguei à estrada. Perdi exatamente 1 hora, para chegar lá.  O GPS marcava 09h30.

Logo que entrei na BR, enchi o tanque e pau na máquina!  Estrada muito bem asfaltada, com trânsito normal, permitindo ultrapassagens.  Ainda que livre e com bom piso, não costumo acelerar mais que 120 km-h, estando com as maletas pesadas.  Às 12h30 cheguei em Sobral, parando no posto Shell novinho. Enchi o tanque, zerando o odômetro com 287 km desde Fortaleza, consumindo 11,85 litros, logo fazendo 20,84 km-litro!!!

Aproveitei e lanchei na lojinha de conveniência e saí muito satisfeito: banheiro novinho e limpo! Sanduíche legal e empadinha sensacional. Ar condicionado reduziu minha temperatura que devia estar elevada, pois lá fora o sol era inclemente!!!

Em seguida, me fui em direção a Parnaíba – Piauí.  Eram 13h10, sol a pino, desestimulando uma motocada... he he he...  Ideal seria uma rede até as 16h00!

A pista continuava muito boa, sem buracos ou desgaste ou desmazelo com a manutenção! O cuidado precisava ser redobrado, já que nas passagens pelos vilarejos ou cidadelas, os animais circulam tranquilamente pela pista, lombadas sem alertas, além dos radares pré anunciados.

Cheguei às 16h30 em Parnaíba e só tinha o nome de uma pousada, dada pelo amigo Zaga Estrada, ou seja Oca da Praia.  Meu GPS não a localizou e ninguém soube me dizer onde ficava. Querendo tomar um banho e conhecer a cidade, acabei ficando no Hotel Delta, prédio do SESC Parnaíba. A diária caiu de R$ 133,00 para R$ 87,00 devido ar condicionado de parede e não split!  Coloquei a moto no estacionamento do hotel e subi para um banhão merecido e necessário para reduzir a temperatura.

A recepcionista ficou de contatar agências de turismo para saber qual poderia me levar ao passeio principal da cidade, ou seja, navegação com visitação a ilhas no Delta do Parnaíba. Ela temia que, sendo dia de semana, seria difícil.  Comecei a ficar chateado, pois queria muito fazer este passeio.

O quarto é normal, de frente para a avenida, mas silencioso. O ar condicionado funciona perfeitamente. Logo estava descendo para conversar com a recepcionista muito atenciosa sobre como pegar um barco para conhecer o Delta do Parnaíba, tão famoso!

A informação dela foi ruim! Não havia nenhum passeio agendado, mas poderia fazer um com lancha rápida por R$ 300,00 para 4 pessoas, no máximo!  Onde acharia estas 4 pessoas¿  Bem, contabilizei a decepção, perguntei onde poderia comer uma carne legal e me mandei.

Passando pela calçada das agências, em direção ao restaurante indicado, percebi que numa delas havia um grupinho de 3 pessoas (1 garota e 2 rapazes).  Entrei e fiquei prestando atenção no papo deles.  Estavam agendando um passeio para 8 pessoas em lancha rápida.  Putz, não perdi a oportunidade e me apresentei.

Em resumo, da frustração à alegria!  Agendamos um passeio joia, saindo do hotel às 08h30 e retornando às 18h30.  Será um passeio completo e poderei fazer fotos e vídeos.

Somente após acertar tudo é que fui jantar.

Por outra informação, fui ao La Barca, no Calçadão Cultural e comi um filé na chapa. Muito bom!

Aqui vale uma adendo: O caminho para o La Barca passa por ruas muito antigas, com pouca iluminação, pessoas sentadas à frente de suas portas escancaradas, conversando sobre qualquer assunto. Em resumo, na ida e na volta, a tranquilidade é total e o risco, aparentemente, ZERO!

Pela beleza e aconchego, além do atendimento excelente, recomendo ainda a POUSADA VILA PARNAÍBA, com diária casal R$ 150,00.  O GPS a anuncia e eu a desconsiderei em favor do HOTEL DELTA, legal também, mas sem qualquer outro atrativo.

09-09-2015 => DELTA DO PARNAÍBA

Como combinado, às 08h30 a van passou e me pegou. Lá estavam outras pessoas daquele grupo que me permitiu participar.  Todos jovens e casais. Só eu de intrometido, madurão e sozinho!  Logo me integrei ao grupo e conversamos bastante entre a agência e o local da lancha. O assunto que quebrou o gelo foi motociclismo, pois 2 dos rapazes se interessavam por moto big trail.

Aos poucos fui conhecendo e sabendo dos nomes:
Tiago e Camila (grávida de 3 meses) => cariocas
Felipe e Evelyn => cariocas
Anderson e Tuane => mineiros
Casal de espanhóis, cujo nome não me recordo.
Outro casal com os quais não tive contato.

A lancha rápida é de fiberglass, com motor de popa Yamaha 115CV e que dá para o gasto carregando 12 passageiros.  O piloto da nave foi o Leonardo, misto de comandante e catador de caranguejo (nas horas vagas). Muito gentil, ele extrapolou como piloto e guia. Não nos faltaram informações sobre tudo que queríamos saber.

Rodamos por braços do delta e por igarapés. Paramos em praias e em alagadiço para capturar caranguejo. 

Almoçamos numa ilha onde há restaurante e pousada, com boas instalações, incluindo redes e colchonetes em varandas para descanso.  Subimos e descemos dunas.

O amigo Thiago me disse que fez fotos comigo andando por sobre as dunas e queria me enviar. O caminho foi o Facebook, entretanto não havia permissão para ingresso. Uma mensagem foi enviada pela Camila e, infelizmente, não a recebi no meu Facebook.  Espero que não pensem que não as busquei por desconsideração.  

Assistimos o retorno de pássaros vermelhos para dormirem e uma das pequenas ilhas do Delta. 

Procuramos cobras, jacarés, macacos nas margens e sofremos ataque espantoso de mosquitos quando a lancha parou, quase noite, em um trecho do delta, mas lá estava a previsão do Leonardo com um repelente.  

Enfim, foi um passeio completo, com muita diversão, passeios e muito bom papo.  Como digo, valeu cada centavo!  Deixo aqui o meu agradecimento pela camaradagem e atenção com me brindaram os jovens casais.

FOTOS DELTA – ALAGADIÇO – PRAIAS – DUNAS – ALMOÇO














































































Cheguei ao Hotel às 19h30 e não deu tempo para jantar no restaurante do SESC, pois fechariam às 20h00.  Tentei digitar, mas o cansaço não me permitiu.  Após o banho, tentei assistir a algum jogo e não consegui. O sono logo veio e me levou, com fome e tudo!

10-09-2015 – RUMO A SÃO LUÍS – MARANHÃO.

Depois do café, preparei o topcase da moto, paguei a conta e fui ao Banco Itaú. Ele fica vizinho à matriz da cidade, ao lado de uma imensa praça, muito arborizada e com gente de todas as idades e classes sociais.  Muito interessante! As pessoas aqui parecem tão despreocupadas com tudo, pois aparentam uma serenidade pouco vista nas grandes cidades.

Circulam por aqui, milhares de pequenas motos, incluindo os mototáxis. Embora meio desorganizado, o trânsito flui bem para qualquer lado.

Setei o GPS para São Luís, tendo como ponto intermediário, a cidade de Itapecurus, para servir-me de ponto de rota, evitando que eu seguisse até Terezina, cujo trajeto daria 750 km e não os 524 rodados pela rota de cima.

Saí de Parnaíba com tanque cheio e peguei a estrada às 09h00. Rodei uns 23 km e, chegando ao posto da PRF, ao invés de seguir para Terezina, entrei à direita, pegando o caminho de cima.  O calor era intenso, o vento muito quente e a disposição diminuta para pilotar!!

Parei algumas vezes para beber água, já que a secura do ar dava sede.  Parei para consumir um coco e foi a melhor coisa da travessia! Água bem docinha e bastante para afogar minha sede!

As pistas, no geral, estão boas, sinalizadas, que nos dá a segurança para viajar de moto.  Em alguns trechos, há buracos enormes e defeitos na pista. Como de resto no país, há obras inacabadas e que parecem não terão continuidade tão cedo!  Alguns locais, os caminhões carregados disputam a pista da esquerda com carros e motos, pois é a única alternativa para não quebrarem suspensões.

Nestes trechos específicos, há tantos quebra molas que os retardam ainda mais. Muitos deles sem qualquer sinalização, impossibilitando a frenagem segura.  Logo após, os radares de velocidade.  Há momentos em que não entendemos como isto pode ser possível no Brasil.  Se para motos já é difícil cambiar tanto as marchas, imaginem os caminhões com câmbios de muitas marchas.  É muito dinheiro jogado fora, com consumo de combustível e com manutenções nos caminhões! Lamentável que isto ocorra em quase todas as BR´s no Brasil e até nas rodovias estaduais.

Terminando a estrada, chegando à cidade, um cidadão me deu a dica de pousadas na Praia Calhau e para lá me mandei.  Passei em frente à Pousada Vela Mar e fechei o pernoite por R$ 100,00 com café da manhã.  Simples, limpa e ótima pra o que preciso.

Informei o amigo de São Luís (Vicente) e ele me informou para jantar no Cabana do Sol, onde jantei um ótimo filé, que serviria para dois, mas serviu para um só!!! 

Retornei à Vela Mar Pousada, digito e logo irei dormir.  Amanhã cedo o Vicente virá aqui para me mostrar a cidade!  Depois postarei as fotos!  Rodados até aqui => 5.186km.

Fiquem com Deus!

11-09-2015 => SÃO LUÍS => ANDANÇAS

O Vicente chegou cedo com sua moto. Logo depois do café, saí com ele pilotando minha Yellow. Rodamos por todas as partes, praias, cidade nova e cidade velha (centro histórico), com muita história de invasões e retomadas, tráfico de índios e depois de escravos trazidos da África.  As fotos mostrarão mais do que eu poderia digitar.

FOTOS DE SÃO LUÍS












































Em determinado momento, chegou para se juntar a nós, o Vanderlei Magalhães, carioca radicado em São Luís há muitos anos. Como podem observar, há o contraste entre o colonial e o moderno, cada qual com suas características marcantes. Como sou muito interessado em construções antigas, esta viagem tem me proporcionado muita alegria.

Há uma foto em que estamos numa sorveteria, cuja dona é uma senhora do Piauí, muito zelosa, com preparo profissional na preparação dos sorvetes e na administração financeira, com custos e margens. Lá eu comi um sorvete de açaí melhor que todos os anteriores na minha vida.  Lá na frente, falarei sobre a sorveteria Cairú, de Belém, muito recomendada, mas que ficou aquém desta.

Caminhamos por tudo e, na hora do almoço, a esposa do Vicente e sua filha nos esperavam em um restaurante muito “experto”.  Comemos pratos com peixes e acompanhamentos muito bons!  Achei delicioso o almoço! Não fiz fotos dos pratos, mas deveria ter feito!  Deliciosos!







Mais à tarde, retornei à Pousada, dei um cochilo e à noite, o Vicente com sua família me buscou para irmos jantar.  Retornei por volta da meia noite e caí como uma pedra na cama.  Precisaria acordar cedo, pois pegaria o ferryboat de São Luís para economizar 250km de estrada ruim, segundo eles.


13-09-2015 => DE SÃO LUÍS A BELÉM – PARÁ.

Às 06h30 o celular disparou. Preparei tudo e fui tomar o café. Voltei e dedilhei o netbook por algum tempo, até que a portaria informou a chegada do Vicente.  Ele quis me acompanhar até o ferryboat em mais uma demonstração de fraternidade estremada!

O Vicente é um jovem de uns 40 anos, mais ou menos, muito bem casado e com uma filha muito linda e simpática, de 19 anos. Cursará faculdade de medicina, tendo sido aprovada em vestibulares de outras cidades, caracterizando sua excelente formação.

Foi uma das alegrias desta viagem conhecer o Vicente e sua família, muito bem estruturada e com as relações excelentes, não faltando as demonstrações de afeto entre os pais e a filha!

Circulando pela cidade nova, beirando a praia, chegamos ao ferryboat por volta das 09h00. Dei sorte, pois logo comprei a passagem (passageiro e moto = R$ 42,00) e, após despedir-me, agradecendo ao Vicente, embarquei.

O ferryboat que foi usado pareceu-me muito antigo e seu projeto impede que os veículos entrem pela frente e saiam por trás. O que provoca demora é que os veículos, de todos os tamanhos (exceção motos) precisam manobrar na entrada, entrar de ré para poderem sair de frente ao término. 

A travessia durou cerca de 2 horas, entre a lotação dos veículos e pessoas, travessia e desembarque.













Às 11h00, estava na pista que liga o ferryboat à cidade de Pinheiro, distante 100km.  Este trecho até Pinheiro, principalmente, tem mais buracos que pista!!!  Para piorar, as mencionadas lombadas sem sinalização tornaram a pilotagem muito desgastante!






Novamente o sol se fez presente e o calor beirou o insuportável, com sensação térmica de uns 50ºC.  Calor igual, somente passei na travessia da Província do Chaco – Argentina, com a denominação de Pampa del Infierno!!!

Novamente parei para beber água algumas vezes e nem transpirava pois a secura do ar não permitia. Naqueles momentos, novamente o pensamento de “ o que eu estava fazendo ali” retornou.  Entretanto, sei que passados alguns meses, a vontade de nova viagem brotará, como se esquecesse todas as dificuldades e maus momentos vividos no passado.  É sempre assim!

A buraqueira também se fez presente na BR, que liga São Luís a Belém, via continente (sem ferryboat). Eram tão grandes e em quantidade assustadora, como na estrada que passa por Pinheiro! Não fotografei, mas pensem num asfalto com 5 cm máximo sobre pó de pedra ou saibro! É uma questão de tempo para que os buracos brotem em profusão!  São nossos governantes!  Não tem jeito enquanto dermos aos atuais os votos que precisam para continuarem essa prática suicida ou genocida!

Depois de uns 200km, a pista foi reparada totalmente e, mesmo faltando sinalização adequada, ficou ótima para pilotar moto!

Cerca de 550km rodados entre São Luís e Belém, fez com que eu chegasse ao IBIS BUDGET Belém às 18h30, cansado e faminto, já que não havia almoçado.

Tomei um banho e saí para jantar. Fui ao Don Speto, Bar e Restaurante, indicado pelo meu GPS, sem que eu pegasse o endereço. O recepcionista do hotel me disse que era perto e deu a tinta. Andei muito e acabei me perdendo em Belém.  Um senhor me disse onde ficava o Don Speto e lá comi um prato show!!! 

Nem preciso dizer que me perdi de novo ao caminhar de volta ao Hotel Ibis!!!  Quem tem boca vai a Roma ( corruptela de: quem tem boca vaia Roma) e acabei encontrando.

Retornando ao hotel, percebi que havia um cheiro de cigarro no quarto e que eu não havia sentido antes.  Sei lá, talvez o ar condicionado central ou a melhor operação do nariz... Decidi trocar o quarto no dia seguinte.

13-09-2015 => BELÉM – AINDA – EM VISITAÇÃO

Diferentemente de São Luís, não tive a presença de amigos para orientação ou mesmo guia como foi, com maestria, o Vicente, conforme relato anterior. Meu amigo Napoleão, viajante contumaz não estava em Belém e a pessoa indicada por ele não fez contato, embora tenha explicitado que me viraria sozinho, para não tirar ninguém da família em um domingão.

Busquei na Internet os pontos principais de turismo, complementando aqueles que o Vicente, de São Luís me havia antecipado.

Tomei café e fui andar. Preferi caminhar e pegar busões para visitação, haja vista que o trânsito poderia demorar para mim, além de problemas de estacionamento.  Foi fácil, pois há muitos deles e quase todos vão para todas as direções que precisava.

Assim, visitei a Praça de Nazaré, a Basílica de Nazaré, Sorveteria Cairú, Docas e lá o Restaurante Lá em Casa, onde almocei, na Galeria da Gastronomia, Galeria das Artes, com a história da construção das docas em Belém, tudo reformado e modernizado, Mercado Ver o Peso, e fotografei várias construções antigas, do período barroco, SMJ, muitas das quais em abandono total, com vegetação crescendo em suas paredes. Deu muita pena, pela falta de compromisso ou de grana para se manter prédios como aqueles, que retratam a memória da cidade.

A história é velha: O Patrimônio Histórico tomba os prédios, muitas vezes à revelia do proprietário que poderia vendê-lo para outra finalidade, que não tem dinheiro para reformar sem alterações. O mesmo Patrimônio não dá nenhuma ajuda, nem mesmo se incumbe de restaurar, ainda que pudesse se tornar sócio no empreendimento.  Assim La Nave Vá, sem que ninguém se responsabilize pela detonação continuada de prédios tão importantes.

Alguns prédios, por assim dizer, bem conservados, são usados por órgãos públicos, como a Polícia, bem próximo ao Mercado Ver o Peso, entretanto uma das igrejas mais antigas de Belém está deteriorada, com vegetação crescendo em vários locais de suas grossas paredes.  Ainda assim, um velho padre realizava sua missa em tom bastante frágil, sem maior motivação e com poucos presentes, bem diferente do que vi na Basílica, onde o padre era jovem, quiçá de uma nova escola eclesiástica.

Eu transpirava às bicas, bebia água o tempo todo, além de um coco que desceu melhor que a cerveja de ontem. O sol continuava martelando o asfalto, as calçadas e o pouco vento não refrigerava nadinha! 

Com a camisa molhada, caminhei em direção ao Theatro da Paz, que se encontrava fechado à visitação, por ter 2 horários e ambos já ocorridos pela manhã.  Circulei pela Praça da Paz, mas como já havia almoçado, não comi nada do que apresentavam ali.

FOTOS DE BELÉM














































Igreja N. S. das Mercês























Não comi o famoso sanduíche de pernil que servem na Praça da Basílica.  A bem da verdade, não tinha fome, mas sempre muita sede!  Mesmo o almoço no "Aqui em Casa", comi muito pouco, me atendo mais aos pratos típicos, de pouquinho.

Por volta das 15h00, retornei ao hotel, pois queria tomar um banho, dar um cochilo e digitar meu blog. Aproveitei e troquei de quarto e estou muito melhor agora. Não há cheiro de cigarro!!!

O banho foi reconfortante! O ar condicionado estava bem frio e coloquei na ventilação máxima! Acabei cochilando cerca de 1 hora e fiquei revendo fotos e as preparando para inserção no blog.

Fiz agora o pedido de uma pizza grande, para alegria das duas recepcionistas que a dividirão comigo. O preço da menor não compensava e elas se alegraram quando disse que compraria a maior e dividiria os pedaços com elas.

Depois buscarei dormir, pois amanhã será dia de troca do óleo da Yellow, passar pela Praia do Mosqueiro e zarpar para Imperatriz – Maranhão (sul), a caminho de Brasília (Belém – Brasília), sem entrar naquela Capital Federal, mas seguindo para Goiânia (visita ao Zema e esposa) e depois a Unaí (visita ao Giovani e família).  Estimo um dia até Imperatriz, mais um para chegar a Goiânia e outro para chegar a Unaí.  Creio que daqui a uns 6 ou 7 dias dias sairei daquela região, rumando para São Paulo, onde chegarei uns 2 dias depois, sem pressa e pressão!

Bueno, já comi a pizza e vou continuar com o blog até que o sono bata.  As fotos demoram para sair do arquivo e entrarem no blog. No caso de Parnaíba, foram mais de 70 fotos escolhidas para compartilhar com vocês e está demorando muito...

Ainda terei que fazer tudo isto com São Luís e Belém, logo não sei se terei tempo para terminar esta 2ª Etapa aqui em Belém...  Farei um esforço, mas não vou querer dormir depois de meia noite.  Vamos que vamos...


14-09-2015 =>  RUMO A IMPERATRIZ – MA

Saí do hotel às 08h30 pegando rumo a Imperatriz – MA, já com céu aberto e sol forte!  Assim, não troquei óleo da Yellow e nem fui visitar a Praia do Mosqueiro.  Sentei a púa na máquina!

Posso assegurar que a Belém-Brasília está muito bem conservada, considerando-se que não é uma rodovia pedagiada! Se o motorista ou piloto da moto quiser, poderão acelerar o equipamento com segurança, já que o piso está bom, há sinalização suficiente, são poucas as lombadas desavisadas e, por incríveol que pareça, muito menos caminhões que na famigerada BR-101 (litoral brasileiro).

Claro, a paisagem não muda!  É a caatinga no sertão e depois o que poderia ser floresta verdejante, virou pasto ou está às moscas, com touceiras de todo tipo, sem pastagem, sem plantações, enfim, abandonado!

Não fiz fotos por não ter o que fotografar de, minimamente, interessante!

Cheguei em Imperatriz – MA depois de rodar 619 km e não 478 como previa o calculador de distâncias da 4 Rodas. Devido o calor que não dá folga, foi muito legal entrar na recepção do Hotel Inn, estilo Ibis, logo na entrada da cidade.  Rapidinho fiz o check in, subi ao quarto e me preparei para jantar.  Naquele hotel, diferentemente do Ibis, ele tem restaurante para almoço e jantar, além de lanches à tarde.

Detonei um filé ao molho madeira, com arroz piemonteze e uma cerveja Ipanema, fabricada pela Cerpa. Como a Cerpinha, esta Ipanema é deliciosa!

Fui ao quarto e trabalhei no blog, inserindo fotos das visitações de São Luís e Belém.   Enquanto ocorria o upload das fotos, assisti um pouco a TV e acabei dormindo, com o netbook operando.

Perdoem-me se não conheci Imperatriz suficientemente para ter uma opinião, mas mesmo sendo muito parcial minha visão, o que vi não me agradou. Pareceu-me uma cidade voltada para o agronegócio, logo não se vê infraestrutura de uma cidade de porte. Tanto não me interessou que nem saí para jantar e conhecer algo dela.

FOTOS DE IMPERATRIZ




15-09-2015 => RUMO A BRASÍLIA, COM PERNOITES INTERMEDIÁRIOS.
Antes do café, fui olhar como ficaram as fotos feitas no dia anterior e percebi que algo errado havia ocorrido com meu blog. Tudo que havia digitado com inserção fotos não apareceu.  Precisei, praticamente, reconstruir o que havia feito antes!!!!

Assim, só consegui pegar a estrada por volta das 09h45, com sol forte e estrada cheia. Mesmo assim, setei Brasília no GPS e quase caí da moto!!!  Putz, seriam quase 1.500 km. Isto me fará pernoitar uma ou duas noites antes de chegar lá!  Tudo bem, vamos nessa, pensei!

Novamente a estrada estava ótima, com bom piso e trânsito legal! A moto não teve o óleo trocado de novo, 1º porque estava no nível, 2º porque o Miguel Liendo – Jujuy-AR me confirmou que o Motul 5100 pode ser trocado a cada 10.000km se rodados em estradas.  Com 5.000km se rodados na cidade.

Como esta Belém-Brasília não tem radares não anunciados, alguns motoristas de autos exageram na velocidade e nas ultrapassagens. Saí da estrada por 2 vezes hoje, claro que com cautela, para deixar que um caminhão pesado usasse minha pista em ultrapassagem, já que não havia como retornar à sua pista. Na outra oportunidade, um FDP entrou na contramão, mesmo tendo me visto, para ultrapassar 2 caminhões que oimpediam de avançar.  Claro que se fosse um caminhão ele não faria essa sacanagem!

Como sou atento e sereno nisso, tudo passou numa boa.

Na cidade de Guaraí – TO, parei num posto da PRF para saber onde poderia ir para pernoitar.  Eram umas 14h30. O patrulheiro VERSIANI me recebeu numa legal, convidando-me a entrar, tomar água e café. Além disso me deu dicas legais, como não seguir direto para Brasília e sim seguir via Palmas-TO e depois para Chapa dos Veadeiros, na cidade Paraíso do Tocantins, muito mística e com casas diferentes e interessantes. Até contou sobre o alarde que o mundo acabaria em 2010 e pra lá correram muitas pessoas para construir suas casas arredondadas, sem quinas para que o vento não as quebrasse etc etc etc... Disse que eu gostaria muito de ir lá.

Muito bem, então setei o GPS para Palmas – TO. Faltaria cerca de 180km desde o posto da PRF. Deveria chegar por volta das 17h00.  Mais à frente, próximo da entrada para pegar a estrada que leva a Palmas, parei para beber um caldo de cana e depois um coco verde (que estava morno!!!).

Chegando ao entroncamento, confirmei o Cristo à esquerda, como dissera o patrulheiro, e entrei.

A estrada que leva a Palmas é muito legal!  À esquerda vê-se chapadões de granito, em forma de mesas, com vegetação bonita até a estrada e, à direita, um lago imenso formado pelas águas do Rio Tocantins, fotografado por mim por sobre uma ponte denominada Ponte dos Imigrantes Nordestinos.  As fotos falarão melhor que minhas frases!

FOTOS PALMAS – TO

































O GPS marcava uma rua que eu não conhecia, mas a indiquei para chegar até a cidade. Na entrada, localizei um hotel e setei no GPS.  Daí em diante, ele endoidou e estava me levando para fora da cidade, a 19 km, quando o hotel ficaria a 6km, dentro da cidade!  Devo ter cometido outra gafe!!!

Parei adiante e indaguei a um policial militar.  Este me orientou o que fazer e fiz.  Cheguei a um hotel, distante 20 km da cidade, mas no caminho de Paraíso do Tocantins. Chama-se GOIÂNIA PARK HOTEL. Há quartos com ventilador por R$ 50,00 – diária, com café da manhã e quartos com ar condicionado por R$ 90,00, com café da manhã.  Nem pensei, estou pagando R$ 40,00 para ter o ar condiconado!!

Quando passava ao lado do grande lago da cidade, pensei em parar e me atirar com roupa e tudo dentro dele!  Estava suado, com calor e pilotando há horas no centro do Brasil, região onde a umidade do ar é menor que 20%.

Imaginem como fiquei quando a simpática senhora do hotel me disse para aproveitar a piscina dele!!!

Foi só um pulo ao quarto, meu calção de banho e correr para a piscina.  Antes, aquele chuveirinho para retirar o excesso de sujeira da estrada... he he he he....  Depois de mais de hora naquela piscinona, voltei ao quarto, banhei-me e pedi comida delivery. Foi a única refeição depois do café da manhã.

Agora estou terminando de digitar o que se passou desde ontem e colocarei fotos amanhã, pois vou dormir agora.

16-09-2015 => RUMO A ALTO PARAÍSO-GO (caminho de Brasília) 
                   => CHAPADA DOS VEADEIROS

O marido da proprietária ao fechar minha conta hoje pela manhã estava falante e gentil.  Pena que ele não soube me dar dicas como chegar a Alto Paraíso e sabia, por alto, algo sobre Chapada dos Veadeiros.  Indicou-me seguir até Porto Nscional e lá perguntar a algum caminhoneiro, que sempre sabem das coisas.

Fiz isto e mesmo não sentindo firmeza no que me disse o caminhoneiro, setei Brasília, pois ele me disse que Alto Praíso ficava no caminho.

Rodei uns 60km e acabei saindo na BR-153, a mesma que me havia levado até Palmas!!! Em seguida, num Posto BR, outro caminhoneiro me disse para voltar a Porto Nacional e pegar outra rota, mirando a cidade Natividade e que me levaria a Alto Paraíso.  Um calor dos diabos, naquela hora da manhã, e eu tendo que retornar uns 60km!!!

Percebi que tudo ainda é novo em Palmas, com muitos habitantes recém chegados e trabalhando no que aparecer, incluindo frentista de postos.  Quase nenhum sabia nada sobre nada. Tolerância!!!

Chegando a Porto Nacional, de novo, na rotatória que o GPS me orientou rumo a Brasília, entrei com 90º e segui para Natividade, ponto intermediário entre lá e Alto Paraíso. Rapidinho o GPS aderiu ao novo caminho para Brasília.

Ruminei um pouco mais sobre a perda de tempo, aumento de cansaço e sede, mas logo contabilizei toquei para a frente.

Durante todo o trajeto, o mesmo clima duro: calor e secura do ar! Parei umas quantas vezes para beber água em postos ou mesmo a aquecida do topcase, tal a secura da boca.  Interessante é que há outros rios além do Tocantins e tudo à volta é muito seco, o ar e a vegetação. Esta é baixa e rara, pois muito dela foi ocupada, há tempos, para rebanhos e plantações, mas não os vi quase nunca!

O que observei foram as queimadas próximo à estrada, por quilômetros e quilômetros! Não sei se proposital ou acidental, mas longos trechos com a vegetação queimada entristece a qualquer ser humano, ainda que não muito ecologista! As fotos mostram a vegetação quase rasteira, mas evitei fotografar as queimadas para não me entristecer de novo.

À medida que avançava, preferia consultar em outros postos o melhor caminho. Não queria errar de novo, claro! Em um posto, onde parei para beber um coco com a menor quantidade de água que já bebi, obrigando-me a beber uma tônica, havia um rapaz (Vladimir) com um notebook à sombra. Perguntei se ele poderia me informar a distância entre aquele local e Alto Paraíso. "É pra já, disse! São 400km redondos, completou, via site 4 Rodas."

Putz, 14h00 e tinha ainda mais 5 horas para rodar!  Motocar é maravilhoso, mas dependendo do clima, das estradas, do tempo de viagem, a pergunta que não falta nunca é: O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?  kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Peguei o rumo, acelerei a moto que respondeu bem e cheguei a Campos Belos, pequena mas movimentada cidade. Abasteci meu estômago com água e perguntei à senhora sobre Alto Paraíso. Sorridente, ela respondeu que era um lugar muito bonito, com várias atrações ecológicas e clima bem mais frio que lá. Ficava no alto e, à noite, chegava a ficar frio!  Com isto, ela conseguiu me dar ânimo para chegar lá.

Saindo dalí, começou uma estradinha sem sinalização, piso todo preto de asfalto desgastado e sol frontal. Muitas curvas, com sol à frente e sombras, impedia o piloto de saber, exatamente, onde estava na pista.  Percebia que o clima melhorava, ar frio e mais úmido, vegetação mais esverdeada e topografia mais elevada.

De repente, a pista começou a ter sinalização, asfalto novo e tudo melhorou!  Acho que o PAC da D. Dilma não conseguiu terminar o restante... he he he ...

Numa curva acentuada, ao sair dela e entrar num declive, quase atropelei um cachorro doméstico ou do mato, não sei. Ele estava parado no meio da pista, mostrando os dentes!  Consegui desviar sem esbarrar nele.

A uns 300m um carro Clio, que andava à minha frente rápido, andava devagar e eu o ultrapassei. Estranhando aquela mudança de ritmo, fiquei pensando um tempão, até que um “insight” me sugeriu que o cara havia atropelado o cachorro e não parado para atender. Se isto fosse verdade, os dentes à mostra era sinal de dor e não de surpresa selvagem.  Caramba, muito quilômetros haviam passado e eu nada poderia ter feito pelo animal.  Novamente, meu lado ecológico me atormentou!

Estava tão distraído nesses pensamentos, que entrei em uma curva acentuada e quase saí da pista. A moto sambou de traseira, mas a mão do Criador ou do meu Anjo da Guarda a colocou em rota firme. Decidi maneirar e não apressar minha chegada à Chapada dos Veadeiros.

Finalmente, já com um pouco de frio, cheguei ao Portal da cidade. Fiz fotos, olhei o odômetro e havia pilotado 776km naquele dia.  Para muitos garotões, pilotar isto será considerado fichinha, como para mim também, se for início de viagem ou um B&F sereno. No quarto superior de uma viagem, hoje com 22 dias de duração, nas atuais condições de clima (quente e seco) e qualidade de pistas, ainda que boas na maior parte, as considerações sempre são outras.

Entrei pela avenidinha principal, com várias lojinhas, bares e BANCO ITAÚ, vi um posto de atendimento a turista, à esquerda.  Caramba foi a primeira que vi, logo à entrada da cidade, desde que saí de Sampa em 25-08-2015.  Isto é muito comum na Argentina e no Chile, cidades que desenvolveram melhor seus projetos de Parques Nacionais, onde o turista é recebido com muita qualidade, recebendo todas as informações que necessita.

Bem, até aqui houve semelhança, porém, logo que cheguei, a atendente bonita e sorridente, disse-me que fechava às 18h00 e que já passava das 18h30. Perguntei, assim mesmo, onde conseguiria pousadas e se ela poderia me dar informações sobre preços.

Fechando tudo, ela me entregou um guia da cidade, onde pontuavam pousadas, hotéis e atrações ecológicas.  Bem, minha conversa com ela não enriquecerá esse blog, mas educadamente disse-lhe que ela poderia entender a situação de um turista recém chegado e doar-se uns minutos. Agradeci e saí à busca de alojamento.

Descendo a avenidinha, bem devagar, observei os restaurantes, os bares e somente vi pousadas (Dona Didi e Alto Paraíso Tradição) ao final dela.  Algo me levou à última delas e aqui estou.

Segundo seu proprietário, paulista da Lapa, que ainda não me contou sua história de como chegou aqui, esta pousada foi o 1º Hotel da cidade, tendo ao lado, onde está a Pousada Dona Didi, a rodoviária.  De fato, é uma construção antiga, paredes grossas e muito simples, com cerca de 12 quartos com banheiro privativo, mas aconchegante, tanto pelas pessoas que nos recebem, como pelo silêncio e pelo clima muito ameno.

Antes que me esqueça, o preço é ótimo => R$ 50,00/diária. Se bobear, por este preço fico um mês!!!

FOTOS DO TRECHO RODADO

RIO TOCANTINS (de novo)



Vladimir e seu notebook - Ajuda legal!





Paisagem permanente, afora as queimadas.




Onde está o Minha Casa Minha Minha Vida?

Casas de pau a pique são comuns no Brasil Central e Maranhão










Linda construção, não?

Faltou verba para fixar a placa

Pôr do Sol a caminho de Alto Paraíso




Chegada a Alto Paraíso de Goiás




PROPRIETÁRIOS DA POUSADA
GENTE FINÍSSIMA!
Café da Manhã - Pousada Alto Paraíso Tradição








De imediato, tomei uns 4 copos de água que me foram dados pela proprietária. Prenchida a ficha, fui ao quarto e tomei o banho que precisava.  Coloquei bermuda e camiseta e me mandei para um restaurante, onde devorei a “jantinha”, como é anunciada.  Prato feito, bem arrumadinho, com arroz, feijão tropeiro, mandioca na manteiga e carne em pedaços.  Tudo isto regado a uma Skol, tinha que descer redondo, não é mesmo?

Caminhei de volta à pousada, com muito sono. Havia assistido ao jogo Fluminense 1 x 4 Palmeiras e voltava para assistir o Inter 2 x 1 Coringão.  A bem da verdade, durante o jogo, lavei minha trouxa de roupa suja e até ali estava 1 x 1.  Terminei, estendi a roupa sobre a cabeceira da cama e no box do banheiro e tentei assistir o resto.

A câimbra me pegou em ambas as pernas tão logo deitei.  Até consultei alguns amigos como eliminar as ditas cujas, pois doía pacas!!!  Fiquei de pé, tomei um relaxante muscular e, dentro de meia hora dormi.  Acordei com o jogo terminado por 2 x 1. KCT!

Tomei água que o dono me deu gelada em jarra e dormi de novo, sem sentir as câimbras doloridas.  A TV ficou ligada até 04h30, quando a desliguei indo beber água.

17-09-2015 => ALTO PARAÍSO DE GOIÁS – AINDA

Considerando que o Giovani, de Unaí, não estará lá na 6ª feira, decidi ficar mais 2 pernoites por aqui e irei para Brasília e Unaí no sábado. Nós nos encontraremos pelo caminho e ele me levará a Unai.

Segundo Giovani, o amigão Vermeio, que estará com ele em Uberlândia, na 6ª feira, seguirá para Unai também, pretendendo retornar a Sampa em ala comigo. Será uma satisfação enorme tê-lo ao meu lado nesta parte final da viagem.

Considerando a viagem, já com 22 dias de duração, o cansaço acumulado nestes 3 últimos dias, desde a saída de Belém, decidi permanecer mais um pouco nesta cidadezinha acolhedora, saindo daqui somente no sábado. Assim sendo, tirei o dia de hoje para atualizar meu blog e descansar o dia todo! Foi o que fiz até agora e estou me sentindo muito bem, o bastante para me programar a visitar uns 2 ou 3 locais turísticos com a moto. 

Os lugares visitados pelos turistas exibem asfalto, terra e caminhadas fáceis, médias e difíceis. Alguns são distantes 50 km por estrada que rodei para chegar aqui.  Preferirei asfalto, terra e pouca caminhada.  Se houver piscina natural, melhor, pois darei um mergulho e fotografarei para vocês sentirem o clima.

Bem, amigos e amigas, fiquei de molho o dia todo, sem sair para lugar algum. Aproveitei a tranquilidade desta cidadezinha, revi fotos e cochilei bastante. Nem saí para jantar, haja vista que havia almoçado muito bem no RESTAURANTE (FOTO), FIQUEI ASSISTINDO FILMES.

18-09-2015 => ALTO PARAÍSO (AINDA)

Acordei muito disposto, com baterias recarregadas e pronto para visitar 2 ou 3 cachoeiras, que são o ponto alto daqui.  Já decidi que não visitarei as mais longe pois preciso estar inteiro para viajar amanhã. Segundo Marco, o proprietário desta pousada, todas são lindas e merecem visitações, mas entende que, para isto, seria necessário mais tempo do que disponho.

Tomei meu café e me aproximei do balcão do Marco, o paulistano da Lapa.  Observei que ele produzia logo para algum tipo de vestimenta e aproveitei para papear sobre ele e sua chegada aqui, como prometido atrás. Mais um "causo" que muitos seres humanos não encaram se não estiverem abertos às mudanças em suas vidas. Marco confirmou isto em suas falas comigo.

Sempre muito atencioso e sorridente, contou sua história aqui e me autorizou a resumir no meu blog, passando-lhe o endereço.

Segundo ele, há anos trabalha com arte gráfica para vestuário, tanto propaganda como institucional em uniformes de todos os tipos.

Tinha em São Paulo uma oficina que produzia logos, camisetas e tinha uma ótima clientela no interior de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Nunca tinha vindo à Chapada dos Veadeiros, mais precisamente em Alto Paraíso.

Uma amiga fazendeira em Minas Gerais, sabendo de suas andanças disse-lhe de uma casa que estava construindo nesta cidade, onde havia contratado uma equipe que contava com um engenheiro do DF.  Entendia que as coisas não saíam como ela esperava e precisava vir até aqui, mas não tinha condições para isto. Pediu para ele que fizesse uma visita ao local e, atendendo à amiga, veio até aqui. Rapidinho percebeu que havia necessidade de trocar todo mundo, pois os gastos não estavam bem direcionados.

A amiga dele cobriu seus ganhos com as vendas de camisetas, contratando-o para gerenciar a obra. Ele, solteiro, viajante, sem compromissos maiores com ninguém, topou e para cá veio.

Cuidou da obra e usava o tempo restante para curtir a natureza, as cachoeiras, as trilhas e vendia suas camisetas, para quem quisesse melhorar o visual dos seus empregados na região.  Assim passou um bom tempo, vivendo uma vida que poucos paulistanos conhecem, de verdade! Saíra de uma vida tranquila, longe de São Paulo quando vendia suas camisetas para uma vida ainda mais serena e em contato com a natureza exuberante do local. Disse ele que era o que sabia fazer melhor: Passar horas nas cachoeiras, ouvindo o som das quedas, o canto dos pássaros, os mergulhos nas águas cristalinas e assim por diante.

Montou sua pequena oficina com as máquinas que trouxe de São Paulo, em área que pertencia a uma das pousadas mais antigas daqui, convenceu a maioria dos empresários locais a uniformizar seus colaboradores e assim continuou sua vidinha simples e boa de ser vivida.

A senhora que alugara para ele sua primeira loja, sendo dona da pousada, já desinteressada do negócio, sem que seus parentes a substituíssem, ofereceu ao Marco que comprasse a pousada.  Depois de discussões e sabendo que não tinha condições para pagar o que lhe pedia a senhora, decidiu alugar a pousada e tocar o negócio.

Investiu tempo e dinheiro na velha pousada, retirando o suficiente para tocar sua vida. A clientela que havia sumido começou retornar e ele levantou o negócio.  Concluído o contrato, a senhora quis reajustar por valor que ele considerou muito alto e acabou desistindo do negócio. Afinal, ainda precisava fazer muita coisa para melhorar a pousada e isto ficaria inviável com o novo aluguel.

Construiu uma pequena casa com uma lojinha à frente, continuando seus negócios como empresário desse ramo.

Sabendo de sua saída da pousada anterior, a proprietária da Pousada Alto Paraíso Tradição o procurou dizendo estar doente e não poder mais tocar a mesma. Ofereceu a ele como locação, pelo mesmo valor que pagava à pousada anterior. Isto faz uns 5 anos, segundo ele.

Desde então, vem recuperando a pousada, pintando, substituindo elementos e aprimorando o atendimento. Tornou-se muito conhecido na cidade e acabou se apaixonando pelo lugar, tanto que é um dos partícipes do conselho municipal-empresarial daqui. Sabe tudo e é amigos de todos.

Desde então, tem-se dedicado à Pousada Alto Paraíso Tradição, à confecção de camisetas para inúmeras cidades e estados e como cidadão busca melhorias para qualquer atendimento a turistas, cachoeiras, comportamento social do cidadão etc etc.

Relembra, sorridente, que há alguns anos, a cidade cheirava maconha, pois eram inúmeros os visitantes que ficavam por aqui pela liberdade dos vícios.  Os cidadãos-empresários-municipalidade da cidade decidiram encerrar esta fase e transformar a cidade em turística familiar e assim tem sido. Vagarosa e inteligentemente, a municipalidade tem conseguido transformar o antigo Éden dos fumetas em uma cidade organizada, limpa, serena e, sumamente, familiar.

Bem, é o que vejo por aqui, como testemunha que sou da frequência observada nos bares, restaurantes e, daqui a pouco, nos locais de visitação turística.

Deveria ter saído há mais de hora, porém não queria esquecer detalhes da narrativa do Marco e acabei me atrasando na digitação deste texto, que irá direto para o blog.

São 19h00 e a energia já retornou depois da  troca de um transformador de alta tensão que queimara.  Posso retornar ao meu blog, depois das andanças que fiz com minha moto por 2 locais mais próximos da cidade, mas que me tomaram o dia todo, Graças a Deus, pela sensação maravilhosa que usufrui nestas horas todas.

Saí da pousada por volta das 09h30 seguindo rumo às cachoeiras do local denominado LOQUINHAS. Realmente é perto: com 5 KM de terra superado pela BMW facilmente.  No local, atendido por um  palmeirense, paguei R$ 20,00 e me deu as dicas. 

Na realidade, trata-se, quase sempre, de um mesmo riacho que desce pelas encostas e, em alguns lugares, forma uma cachoeira, uma corredeira ou um pequeno lago de água cristalina.

Toda a trilha é facilitada por piso em madeira elevado, com pequenas alterações via escadas, mas de muito fácil caminhar. São vários poços, alguns com queda de água, outros não. As fotos falam melhor que a digitação.

FOTOS CACHOEIRA LOQUINHAS












POÇO DO SOL - ÁGUA PARADA E SUJA!

FAZER O QUÊ, NÉ? MERGULHEI!


POÇO DA XAMÃ - O MELHOR DE TODOS!



PEQUENOS SAGUÍS

ÁGUA CRISTALINA!

PISTA LEGAL!

CASA ESOTÉRICA. UMA DELAS!

Confesso que fiquei entusiasmado com as cachoeirinhas e corredeiras de águas cristalinas, entretanto a vazão de água era muito menor do que o normal devido a seca dos últimos meses. Encontrei o Ricardo, um pernambucano, de Olinda, falante e de ótima cultura, que veio para cá cuidar de sua irmã doente por vários meses e retornou para seu trabalho, não se adaptando mais àquele local antigo.

Rodou pela Bahia e outros Estados, sem se adaptar.  Algo faltava na vida dele e quando percebeu que era seu afastamento de Alto Paraíso que o deixava daquele jeito, imediatamente abandonou tudo e se fixou por aqui. 

Trabalhava com comunicação (rádio, revistas e jornais) e hoje, depois de cursos realizados, dedica-se à hotelaria. Sente-se muito feliz com esta mudança e, mesmo em férias, não sai daqui. Eu o peguei curtindo um dos poços das Loquinhas!

Retornei à pousada, peguei informações sobre a Cachoeira dos Cristais e fui ao Restaurante TAPINDARÉ, onde já havia almoçado ontem. Muito bem organizado, bonito e self service por quilo.  Decidi comer mais leve que no dia anterior e me fui à cachoeira.


AÍ NO MEIO TEM PEIXINHO...


Esta cachoeira dista 5 km da cidade, por asfalto e 3km de terra.  Pode ser considerada de fácil manejo para automóveis, mas para motos sem pneus adequados, derrapar no areial de alguns trechos é um pulo!  Segurei a Yellow por 2 vezes, na ida e na volta. Para não cair, usei o velho ensinamento do amigo El Cura, que me orientou a pilotar no rípio e que me valeu muitíssimo na viagem a Ushuaia em 2013, no retorno via RUTA 40. Enfim, se vai derrapar, acelere.

O local tem melhor estrutura no tocante a lanchonete, bebidas, sucos, pastéis, entre outras comidas. Tem pessoal que leva seu pedido ao local que você estiver e são muito educados e sorridentes.

Agora, a trilha é sem infraestrutura, com 400m de extensão, mas de descida íngreme, sobre pedras e pedras. A dica é descer direto até o Poço Véu de Noiva, último poço e o melhor para fotos e curtição da água.  Depois, subir parando nos demais poços para fotos e descanso.

Fiquei um tempão bem maior no Véu de Noiva, pelo lago maior, profundidade maior, queda de água mais elevada e de excelente massagem, confortavelmente sentado em pedras. Foi sensacional!

FOTOS DA CACHOEIRA DE CRISTAIS.


























Retornando à lanchonete, estava bebendo uma cervejinha em lata, quando uma linda garota me encarou, dizendo: Mecca?  Pois é, o inusitado ocorreu de novo!  Em um lugar tão afastado de Sampa, como a Chapada dos Veadeiros, dou de encontro com AMANDA, filha do Lima e da Cris, do MC Buena Vista, do qual fui um dos fundadores!

A alegria foi mútua, nos abraçamos, fizemos fotos e trocamos informações sobre nossas viagens. Depois de algum tempo, ela e seus familiares desceram a trilha para visitarem o Véu da Noiva e os demais poços.




ALTO PARAÍSO À ESQUERDA.


ATENDIMENTO AO TURISTA.


Bem, fui até a moto e retornei para a pousada. Aproveitei para fazer mais umas fotos e agora digito meu blog, inserindo parte das fotos, já que foram muitas e lotariam o blog.

Daqui a pouco irei ao bar restaurante, onde jantei na primeira noite e espero comer um arroz com feijão, bife e batata frita. Se tiver um ovo, será melhor ainda!!!

De fato, jantei no mesmo local, comida saborosa e do jeito que pedi. Fiquei um bom tempo naquele local e posso afirmar que o ambiente é muito "Zen" até nos botecos!  A alegria é uma constante nas falas entre amigos, sem se perceber qualquer discriminação de cor, vestimenta, cabelos e mesmo comportamentos, já que todos demonstravam muita alegria de estarem lá sentados e papeando.

Retornei à Pousada e, ao chegar, sentados no banco frontal estava o casal Marco Antonio e Graça conversando e tão juntos que, certamente, namorando!  Um barato! Cumprimentei-os, peguei a chave e fui dormir.

Amanhã, seguirei rumo a Unaí, passando ou não por Brasília, onde almoçarei com o Giovani e Vermeio, companheiros de viagem até o norte da Argentina em 2012, quando foram para o Deserto do Atacama e eu na minha abortada viagem inicial a Ushuaia, quando caí e a moto retornou ao Brasil.

Gostaria de dar um trato bom na minha Yellow em Unaí, se puder e houver tempo, caso contrário seguirá imunda (tadinha!) até Sampa!

Fiquem com Deus!

19/09/2015 => RUMO A UNAÍ - MG => CASA DO AMIGO GIOVANI

Confesso que senti tristeza em deixar Alto Paraíso, uma pequena cidade que me encantou pela sua simplicidade geral, principalmente pelas pessoas que lá vivem. São de trato simples, diretas, muito alegres e, aparentemente, sem qualquer discriminação.

Tomei o café da manhã com bate papo com o amigo Marco Antonio, com sua esposa Graça e com sua sogra, D. Petronilha, a quem trata de mamãe. Ele me informou que hoje era dia da Feira do Produtor Rural, onde se reuniam os produtores rurais para exposição e venda dos seus produtos, entretanto, mais voltada para os habitantes que vivem nas comunidades e produzem legumes, verduras, doces, biscoitos e muito artesanato. Disse que, se pudesse, deveria passar lá antes de pegar a estrada.

Foi o que fiz, tão logo coloquei os maleiros e topcase na moto, sob os olhares da família, e toquei avenida acima.

Esta é D. Petronilha, sogra do Marco Antonio.

D. Petronilha, Graça e Marco Antonio

Na Feira fiz várias fotos, mais para demonstração dos produtos e de seus produtores do que pelo interesse em comprar, já que mesmo apresentando produtos interessantes de compra, não caberia nem uma agulha na minha moto.














De lá para a estrada, foi um pulo. Uma 2ª entrada para a cidade mostra um portal grande no formato de disco voador, em alusão às "aparições de ET´s e OVNI´s" naquela região, conforme relatos de muitos.


Aquela estrada me levaria para Brasília ou para Unaí, diretamente. Como havíamos combinado com o Giovani um almoço, foi melhor que seguisse para Unaí, distante menos de 400km.

Cheguei às 13h00 e lá estavam à espera os amigos Giovani, Vermeio (Lázaro) e Anselmo, com suas famílias. Aquelas cervejinhas pré almoço desceram maravilhosamente bem pela garganta do "motoquero sedento".

Logo após termos emparelhado nossos papos, decidimos almoçar e o fizemos.



Eu e o Vermeio decidimos ir para o hotel reservado pelo Giovani para uma pequena descansada, haja vista que, à noite, haveria um churrasco na casa do Giovani, sendo convidado também o Anselmo e sua família.

Por volta das 19h00, o Giovani nos levou em sua VW Amarok para uma voltinha pela cidade e depois à sua casa.  De novo uma conversa alegre, descontraída, sobre vários assuntos como normalmente ocorre quando amigos se reencontram depois de vários meses ou anos.  Tudo isto à volta de uma grande mesa e ao lado de uma churrasqueira onde o Giovani detonou linguiça, carne de porco e picanha para todos!  Não faltaram as cervejas trazidas pelo Kaveirinha, distribuidor-mór daquela cidade!







Sendo intenção do Giovani e Vermeio fazerem uma expedição ao Ushuaia, em 01-2016, foi aberto um mapa da Argentina e, com todas as dificuldades de visão sem meus óculos, busquei dar-lhes algumas dicas de percurso e o que verem no trajeto.  Maiores detalhes lhes darei através do blog, onde há farta informação sobre aquela viagem.

Quase meia noite e ainda papeávamos, quando o Vermeio lembrou que teria que se levantar cedo, já que buscaria transpor os quase 1.000km de Unaí a Sampa, no mesmo dia.

Ali mesmo concluímos que seria melhor ele seguir sozinho a Sampa, pois sua tocada sempre foi mais rápida que a minha e eu não queria retardá-lo.

Fica registrado aqui o meu agradecimento ao Giovani, à sua esposa Luciana e ao filho André pela acolhida maravilhosa e que muito alegrou este "motoquero solitário"!  Muito grato!

20/09/2015 => RUMO A UBERABA OU RIBEIRÃO PRETO

No dia seguinte, quando eu saí do hotel, por volta das 09h00, o Vermeio já devia estar na estrada há umas 3 horas de dianteira.  Ele realmente chegou em casa no início da noite do mesmo dia, por volta das 17h00.  Quase neste horário, eu estava chegando em Ribeirão Preto!

As dicas dadas pelo Giovani para que retornasse a Sampa via Uberaba, sem passar por Uberlândia, foram ótimas, pois encurtaram a viagem em quase 200km.

Igreja Central de Unaí

Trevo em Guarda Mór - O mais exuberante!

O mesmo trevo em Guarda-Mór.

Parada para inspeção da moto 






Em quase todas as cidades de Minas, pelas quais passei neste retorno, os trevos apresentam uma característica que são suas entradas por curva muito fechada e que deve ser acessada em velocidade muito baixa (40 km/h). Uma pequena distração poderá redundar em acidente sério, principalmente para motociclistas, caso não consigam fazer o contorno corretamente.  Há somente uma pequena placa indicadora e muito próxima da entrada do trevo.  Pior será à medida que a luz diurna diminuir!  Observem!!

Rodados cerca de 400km, muito próximo de Uberaba, decidi seguir adiante e pernoitar em Ribeirão Preto, distante uns 195 km.  Chegaria por volta das 18h00 e assim ocorreu.

Logo me hospedei no Monreale Hotel de Ribeirão Preto, (boas instalações, excelente café, R$ 110,00/diária single + estacionamento R$ 10,00), bem no centro da cidade, a uma quadra do velho Pinguim.




Entrei no apto e recebi ligação do maninho Renato, que mora naquela cidade, me convidando para comermos uma pizza no Pinguim. Aceitei de pronto e, às 20h00, ele, seu filho e eu saíamos do hotel rumo ao shopping, uma vez que o Pinguim tradicional já estava fechado.

Uma boa rodada de conversa, pizza muito legal, algumas tulipas daquele chopp maravilhoso e já eram 23h00!!



Fui levado de volta ao hotel, onde dormi rapidamente.

21/09/2015 => RUMO A SÃO PAULO - SP - FINAL DA VIAGEM

Como havia combinado que almoçaria com minha esposa e filha em casa, precisei sair mais cedo um pouco. O café é excelente no Monreale Hotel e, depois dele, desci a bagagem, acomodei-a na moto, paguei a conta e zarpei, às 07h30.

Setei minha casa no GPS e o segui para sair de Ribeirão Preto, que é uma cidade média, com quase 1 milhão de habitantes.  Seu trânsito já começa a complicar a circulação, mas segui o GPS com paciência e logo estava na Rod. Anhanguera, rumo a São Paulo.

O piso de uma rodovia pedagiada sempre é muito bom, liso e sinalizado. Ocorre que também se cobra pedágio considerado elevado pelos habitantes. Como motocicletas não pagam pedágio na maioria das rodovias estaduais, em São Paulo, não tenho o que reclamar, a não ser dos radares que são colocados em pontos estratégicos e que multam de verdade!

Assim, coloquei o piloto automático (na realidade, um fixador de velocidade na manopla da BMW) em 120 km/h, máxima permitida e deixei rolar.  Mais próximo de SP, aumenta muito o tráfego e tive que pilotar pelo corredor alguns quilômetros.

Sem muita pressa, cheguei em casa às 11h30, onde me esperavam a família e o Paçoca, o vira latas da minha filha.

Velha e eficaz guerreira!  BMW R1150GS 2004.


Resumo:
Tempo de Viagem => 28 dias (saída 25/08 e chegada 21/09/2015)
Quilometragem => 9.323 km
Estados visitados => RJ-ES-BA-SE-AL-PE-PB-RN-CE-PI-MA-PA-TO-GO-MG => 15
Combustível => cerca de 486 litros x R$ 3,50 (média) = R$ 1.701,00
Hospedagem => 20 diárias x R$ 100,00 (média) = R$ 2.000,00
Hospedagem => 05 diárias em Natal x R$ 260,00 = R$ 1.300,00
Alimentação => 20 dias x R$ 45,00 (média) = R$ 900,00
T O T A L => R$ 6.000,00 (aproximadamente)

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Certamente, como prometido, revisarei todo o texto e todas as fotos buscando melhorar o nível de informações, sem alterar o estado de espírito que tinha ao digitar, quase diariamente, neste blog.

Peço um pouco de paciência aos meus queridos amigos, já que espero somente reativar a roda das atividades normais que tenho em SP.

Peço que qualquer sugestão, reclamação ou coisa que o valha, sejam postadas como comentários que os atenderei no que for possível.

Grande abraço a todos aqueles com quem convivi nesses 28 dias de viagem, muitos dos quais me deram dicas excelentes e que as aproveitei, outros que me receberam em suas casas ou que me levaram a conhecer pontos de maior relevância de suas cidades.  A todos vocês o meu muito obrigado, por tudo! Tem sido muito bom conhecê-los e compartilhar de suas amizades e considerações!  Disponham sempre deste amigo!

R. Mecca - eMail: romecca@segbras.com.br - Facebook: R. Mecca.