quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mecca em Cochabamba - Bolívia.

Caros(as) bloguistas, boa noite!

Chegamos a Cochabamba há cerca de 1 hora. Rodamos, até aqui, desde Sampa, 6.047km. Tempo para um bom banho no excelente Hotel Kokusai, na Av. Ayacucho, 552 - F 04-4582486. Tudo em cima, por 160,00 bolivianos, cerca de US$ 23,00. O melhor até aqui.

Bem, como disse antes, saímos de La Paz por volta das 11h50, quer dizer, eu saí nesse horário, já que o Atiê cansou de esperar alguns minutos e saiu na frente dizendo que nos encontraríamos num posto de gasolina, à frente. Tudo bem, terminei o que estava fazendo (instalando a mochila na moto) e saí, antes posando para foto do pessoal do Hotel Tierra Madre que ficaram nossos amigos.

A saída de La Paz é tão complicada quanto a entrada, pois ela fica incrustada num vale redondo (forma de cuia) e a população de menor renda fica na parte alta da cuia. Há uma grande avenida que leva para fora , circulando em torno da cidade até alcançar o alto.

Nao foi fácil sair devido ao trânsito e só consegui colocar gasolina porque um policial me permitiu atravessar a pista contrária. Lá havia um posto e o próximo nem sei quando surgiu. A reserva já estava no final e não podia arriscar.

A moto estava uma M... , falhando de novo, como se nada houvesse sido feito. Senti-me frustrado, mas mesmo assim decidi ir em frente. Não tinha a menor idéia de onde estaria o Atiê. Sabia que seguia o mesmo destino, logo o encontraria à frente, mesmo que depois de muitos kms. O trânsito é infernal com as vans parando no meio das ruas para pegar passageiro. É como se estivéssemos numa imensa e longa 25 de marco, querendo chegar na outra ponta. Foi preciso muita paciência, mas cheguei onde queria, ou seja, a pista que me levaria a Cochabamba.

Lá na frente, seguindo o mesmo rumo encontrei o Atiê e sua moto. Alcancei-o e seguimos juntos até aqui.

Por incrível que pareça, ao subirmos acima dos 4.000m, de novo, a moto ficou uma tetéia, com seu motor cheio e potente. Alcancei velocidades superiores a 130km/h, numa economia de combustível brutal. Certamente ela estava no vapor da gasosa. Estava mais que confirmado que a regulagem dela foi toda feita para o ar rarefeito, mas quando baixássemos ela começaria a falhar e foi o que aconteceu.

Estava muito frio no altiplano boliviano, com mais tráfego que nos altiplanos anteriores. Na primeira parada, peguei a calça de chuva e a coloquei no peito, por dentro do colete. Foi o que ajudou a superar o frio que cortava.

A paisagem contuava a mesma, mudando o colorido dos Andes, que agora apresentava coloração avermelhada, provavelmente oriunda de mineral ferroso. Bonito? Com exceção do colorido, não o achei muito diferente dos demais. Meu elemento de comparação sempre será a travessia Osorno/Chile para Bariloche - Argentina, muito mais bonito, cuidado, sinalizado e com muita neve. As variações dos "morros" também é maior. Daí, minha gente, eu ficar achando que os Andes do Norte não é tao bonito quanto os Andes do Sul. Só isso. Nao se fixem em minhas opiniões, ok?

Expliquei agora ao Atiê que minha moto está bem, mas nao passará dos 100km/h. Disse-lhe para seguir em frente que eu chegaria à minha maneira em Santa Cruz de La Sierra. Ele disse que sua moto também nao está boa e que prefere sigamos juntos até lá. De preferência sem motocar durante a noite e podendo escolher um bom hotel como esse de hoje.

Sairemos amanhã por volta das 09h00 rumo a Sta Cruz de La Sierra.

De lá até o Brasil não tem estrada 100% asfaltada e precisaremos pegar um trem que nos levará até a fronteira. Não sei como se faz isso, mas chegando lá saberei.

Esta noite, em Cochabamba, automaticamente, nos demos um tempo, cada um seguindo para um lado após o banho. Como estou só com o café da manha e a barriga roncando, decidi sair para comer algo. Ao lado do hotel, um político montou um pequeno palco e bandas tocam a toda altura, com um público pequeno e animado assistindo e dançando. Aos fundos, uma feira de artigos de couro, desde sapatos, carteiras e outras cositas.

Estou digitando de uma lan house próxima e sabem quem está ao meu lado, no PC vizinho? O Atiê.... putz!

Fiquem com Deus todos vcs!

Mecca.

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