domingo, 22 de janeiro de 2012

USHUAIA - RUTA 40 - 9º DIA

Em Cafayate mesmo não há muito o que visitar a não serem as Adegas locais (bodegas).  Por sugestão da dona da pousadinha, fui a 2 delas, de onde fiz fotos à distância da cidade.  Cada uma delas distava uns 5 a 7 km em estradinha de rípio e lá fui eu treinando no rípio, só que sem a bolsa traseira, pesadona.

Foi muito legal, cheia de poeira dos carros que passavam em maior velocidade. Alguns motociclistas locais andam no rípio como eu no asfalto!!!  Não economizam pneus e se equilibram com maestria em velocidades incríveis.

Por volta do meio dia, segui viagem para Tucumán, onde visitaria meus amigos Germán e Claudia, recém chegados do Alasca.

O calor continuava infernal, mas as paisagens eram sensacionais, a ponto de esquecer o suor que encharcava minha roupa e secava com o ar quente.  Saindo do plano, comecei a subir uma serrinha de piso gasto, cheia de curvas, todavia com paisagens de abrir sorriso!  Sem perceber, o calor foi diminuindo e o frio aumentando.

Sobe e sobe, curvas e mais curvas, em cada uma sua paisagem linda e particular. Estava valendo a pena viajar assim, principalmente para um cara que como eu, gosta de ver onde anda, parando, fotografando, conversando e por que não, pensando como somos pequenos diante da grandiosidade de quem bolou e construiu tudo isso!

Esse povo daqui é mesmo montanhista! Passei por 3 ciclistas, com mountain bike. Dois homens e 1 mulher.  Um deles, além de pedalar sua bike, ainda empurrava com a mão direita, as costas da ciclista que também não parava de pedalar, nem dava sinais de exaustão!  Eu os filmei para lembrar do que é possível o homem atingir.  Uma viagem dessa entre Cafayate e Tucumán leva uns 2 dias, parando de pedalar somente para dormir em barracas individuais, que levam nas bikes, segundo me informaram!

Sem frescura, o frio foi intensificando, a ponto de ligar a resistência de aquecimento das manoplas para aquecer as mãos.  Eu havia perdido minhas meia luvas e as outras estavam dentro do malão, todo amarrado na moto.  Preferi continuar e deu tudo certo.

Enfim, a paisagem, a alternância do calor, do frio e a deliciosa sensação de pilotar uma moto naqueles lugares são indescritíveis.  Estava me sentindo muito bem e feliz, graças ao Criador!

Cheguei em Tucumán ao final da tarde.  Um motorista de taxi me indicou o Hotel Colonial, bem no centro da cidade. Fui e gostei. Era bom e barato! A diária era de US$ 70 e a cochera (estacionamento em frente) mais US$ 3, com café da manhã.

Tomei o banho de sempre e me mandei para o centro buscando jantar.

Era cerca de 20h00 local e eu doidão por um assado de tira...  Cheguei no restaurante indicado, encontrando-o fechado.  Abriria somente às 20h30 e não havia chegado nenhum empregado até aquela hora, segundo o gerente que atendeu a porta.

Procurei outro, encontrando um restobar, comendo lagarto ao molho com fritas, regado com uma senhora cerveja escura Salta de 1 litro!!  Que beleza!  Lá encontrei o garçom mais parecido que já vira com o personagem do Jô Soares, o Gardelón, lembram-se? Seu nome: Luiz e trabalha no RestoBar Garçon.  Tudo nele me lembrava o Gardelón e ri muito sozinho alí...

Voltei para o hotel e dormi com a barriga agasalhada... he he he...

Tchau!

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