Em Cafayate mesmo não há muito o que visitar a não serem as Adegas locais (bodegas). Por sugestão da dona da pousadinha, fui a 2 delas, de onde fiz fotos à distância da cidade. Cada uma delas distava uns 5 a 7 km em estradinha de rípio e lá fui eu treinando no rípio, só que sem a bolsa traseira, pesadona.
Foi muito legal, cheia de poeira dos carros que passavam em maior velocidade. Alguns motociclistas locais andam no rípio como eu no asfalto!!! Não economizam pneus e se equilibram com maestria em velocidades incríveis.
Por volta do meio dia, segui viagem para Tucumán, onde visitaria meus amigos Germán e Claudia, recém chegados do Alasca.
O calor continuava infernal, mas as paisagens eram sensacionais, a ponto de esquecer o suor que encharcava minha roupa e secava com o ar quente. Saindo do plano, comecei a subir uma serrinha de piso gasto, cheia de curvas, todavia com paisagens de abrir sorriso! Sem perceber, o calor foi diminuindo e o frio aumentando.
Sobe e sobe, curvas e mais curvas, em cada uma sua paisagem linda e particular. Estava valendo a pena viajar assim, principalmente para um cara que como eu, gosta de ver onde anda, parando, fotografando, conversando e por que não, pensando como somos pequenos diante da grandiosidade de quem bolou e construiu tudo isso!
Esse povo daqui é mesmo montanhista! Passei por 3 ciclistas, com mountain bike. Dois homens e 1 mulher. Um deles, além de pedalar sua bike, ainda empurrava com a mão direita, as costas da ciclista que também não parava de pedalar, nem dava sinais de exaustão! Eu os filmei para lembrar do que é possível o homem atingir. Uma viagem dessa entre Cafayate e Tucumán leva uns 2 dias, parando de pedalar somente para dormir em barracas individuais, que levam nas bikes, segundo me informaram!
Sem frescura, o frio foi intensificando, a ponto de ligar a resistência de aquecimento das manoplas para aquecer as mãos. Eu havia perdido minhas meia luvas e as outras estavam dentro do malão, todo amarrado na moto. Preferi continuar e deu tudo certo.
Enfim, a paisagem, a alternância do calor, do frio e a deliciosa sensação de pilotar uma moto naqueles lugares são indescritíveis. Estava me sentindo muito bem e feliz, graças ao Criador!
Cheguei em Tucumán ao final da tarde. Um motorista de taxi me indicou o Hotel Colonial, bem no centro da cidade. Fui e gostei. Era bom e barato! A diária era de US$ 70 e a cochera (estacionamento em frente) mais US$ 3, com café da manhã.
Tomei o banho de sempre e me mandei para o centro buscando jantar.
Era cerca de 20h00 local e eu doidão por um assado de tira... Cheguei no restaurante indicado, encontrando-o fechado. Abriria somente às 20h30 e não havia chegado nenhum empregado até aquela hora, segundo o gerente que atendeu a porta.
Procurei outro, encontrando um restobar, comendo lagarto ao molho com fritas, regado com uma senhora cerveja escura Salta de 1 litro!! Que beleza! Lá encontrei o garçom mais parecido que já vira com o personagem do Jô Soares, o Gardelón, lembram-se? Seu nome: Luiz e trabalha no RestoBar Garçon. Tudo nele me lembrava o Gardelón e ri muito sozinho alí...
Voltei para o hotel e dormi com a barriga agasalhada... he he he...
Tchau!
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