RUMO A USHUAIA - 2013 – 18º DIA – 27/02/2013 - PUNTA ARENAS
Tão logo deixei a Hosteria ACA
em San Sebastian, passei pela 1ª Aduana conjunta, logo em frente e segui por
15kms de ripio até a 2ª Aduana conjunta. Em ambas o trâmite foi rápido. Cerca
de 1 km adiante, há uma estrada que entra à esquerda, informando Porvenir,
Punta Arenas, etc. Esta é a estrada que deveria pegar em alternativa à mais
utilizada.
Encarei à esquerda e me fui. Por alguns kms acreditei ter feito mau
negócio, já que o ripio estava muito solto e com poucas trilhas de caminhão e
carros. Entonces, fui devagar e sempre. Para pilotar no ripio nada é mais
importante que o respeito a ele, isto é, não se desconcentrar, prestar muita
atenção nas curvas, com tráfego contrário e acúmulo de pedras soltas nas
laterais, facilitando a derrapagem.
Cerca de 1 hora após, já mais
rápido um pouquinho, coloquei o GPS para Rio Gallegos, evitando engano de rota.
Queria chegar a Cerro Sombrero, ponto de encontro com a outra estrada.
Aos poucos, fui percebendo que
dominava melhor a moto, mesmo que ela rabeasse um pouco e, melhor, se ficasse
de pé, o equilíbrio melhorava muito. Aos poucos fui ganhando firmeza no
controle e, mesmo consciente da burrada anterior, em 01-2012, aumentei a
velocidade, com segurança. Cruzei com
vários motociclistas em sentido contrário, aparentemente movidos pela mesma
decisão de fugir do tráfego. Não dava tempo nem de parar para trocar ideias,
passava por eles só cumprimentando. Em toda essa viagem observei uns 3 ou 4
pilotos viajando solo pela Ruta 3, todos voltando de algum lugar ao sul. Mesmo
gostando disso, curiosamente, eu os classifico como malucos ou temerários,
incluindo-me, claro!
O mais importante de tudo
isto, é que o Chile avança rapidamente com seu calçamento no trecho chileno e
dentro de poucos meses, terá acabado o ripio nessa travessia entre Rio
Gallegos, San Sebastian e Rio Grande.
Creio que muitos motociclistas que não pilotam big trail poderão se
aventurar por estas bandas, sem se preocuparem. O piso chileno é um tapete,
todo em concreto, liso e nivelado, sem ondulações. Será brincadeira vir para cá dentro em pouco.
Interessante é vc pilotar no
ripio vendo ao seu lado uma tremenda pista novinha sem poder usar. Como sei do
rigorismo chileno com suas leis, não me atrevi a aproveitar a chance. São muitos kms já prontos, mais da metade.
Chegando pela lateral de Cerro
Sombrero, encontrei a outra estrada, já com piso concretado e segui rumo à
balsa que cruza o Estreito de Magalhães. Exatos 187 kms após a 1ª Aduana,
cheguei à balsa.
Travessia rápida, com
pagamento diretamente no caixa da balsa, cheguei a Laguna Blanca com 61.290km,
onde abasteci com 17,5 litros. Rumei para Punta Arenas, chegando lá às 17h00 de
27-02-2013, com 61.346km, tendo rodado somente 368km nesta data, ou seja, 128km
de ripio.
Confesso que estava cansado. Entrei na cidade, procurei um centro de informações a turista e o encontrei. Dando ré na moto, ao pará-la, me desequilibrei um pouquinho e a moto foi descendo para minha esquerda. Com meu ombro esquerdo ferrado desde a descida da moto do Marcos da mesa de operação do mecânico Jorge Duarte – Ushuaia, só a apoiei até encostar no chão. Antes mesmo de tentar levantar a moto, e não conseguiria sem ajuda, chegaram 3 policiais chilenos e, rapidamente, a levantaram para mim. Depois de os agradecer, entrei no CIT, onde recebi um mapinha com opções de hostaria e hotéis. De verdade, eu queria era tomar um banho, deixar toda aquela poeira incrustrada em cada canto da minha roupa e dar uma descansada.
Confesso que estava cansado. Entrei na cidade, procurei um centro de informações a turista e o encontrei. Dando ré na moto, ao pará-la, me desequilibrei um pouquinho e a moto foi descendo para minha esquerda. Com meu ombro esquerdo ferrado desde a descida da moto do Marcos da mesa de operação do mecânico Jorge Duarte – Ushuaia, só a apoiei até encostar no chão. Antes mesmo de tentar levantar a moto, e não conseguiria sem ajuda, chegaram 3 policiais chilenos e, rapidamente, a levantaram para mim. Depois de os agradecer, entrei no CIT, onde recebi um mapinha com opções de hostaria e hotéis. De verdade, eu queria era tomar um banho, deixar toda aquela poeira incrustrada em cada canto da minha roupa e dar uma descansada.
Na outra esquina, encontrei
uma porta de madeira fechada com uma placa sobre ela: Hostal Fin del
Mundo! Toquei a campainha e a porta se
abriu. Era um velho casarão que foi aproveitado para servir de Hostal, um misto
de hotel, pousada e pensão... he he he... O preço foi de P$CH 23.000 = R$
110,00 a diária, com café da manhã. A cozinha é liberada para vc cozinhar o que
quiser, desde que traga tudo do supermercado.
Encontrei lá uns 10 jovens,
rapazes e garotas, em casais ou sozinhos. Todos mochileiros que se mandam pelo
mundo. Havia americano, suíços, austríaco e argentinos, além desse coroa
brasileiro, que destoava de tudo por ali. O mais velho, o único com moto e
viajando solo. Foram bons papos, ora em espanhol, ora em inglês, ambos
macarrônicos do Meccão.
Consegui um quarto só meu, mas
o banheiro (2) era compartilhado para todos. Tudo muito limpinho, com shampoo,
sabonete, toalhas fornecidos pela Hostal Fin del Mundo. O pessoal que nos
atendeu, no caso o Rodrigo, é um cara bacana, muito gentil e poliglota, pelo
menos eu o vi arranhando inglês e alemão.
O café da manhã é legal, sem miséria
e variado. Realmente, eu gostei dessa experiência!
Precisava fazer 3 coisas
importantes em Punta Arenas: 1) Comprar uma câmera digital para continuar
fotografando e filmando minha viagem, 2) Encontrar pneus para minha moto, uma
vez que não será fácil encontra-los para substituição depois da Ruta 40 e 3)
Estancar o vazamento de óleo da bengala esquerda, que o rípio prejudicou.
Assim terminou meu dia hoje,
com um banho, uma ida ao supermercado, onde comprei uma garrafa de vinho e algo
para comer à noite (salame e queijo). Depois dormi o sono dos enroscados... he
he he...
Fiquem com Deus!
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