quarta-feira, 6 de março de 2013

RUMO A USHUAIA 2013 - 23º DIA - EL CALAFATE

RUMO A USHUAIA – 2013 – 23º DIA – 04-03-2013

Às 10h00 em ponto estava eu na frente da oficina do El Mono Garriga. Acontece que 3 outros motociclistas chegaram um pouquinho à minha frente, sendo 1 argentino, 1 americano com moto alugada no Chile e 1 brasileiro que precisava trocar a relação da sua VSTROM DL1000. Ele estava com outros 2 amigos, conhecidos por Internet e que decidiram viajar juntos até Ushuaia, Punta Arenas etc.
 

Fiquei papeando para ver no que dava, se esperaria ou traria a moto mais tarde. Como o papo estava bom, dei um tempinho para a decisão, porém acabei me mandando para visitar o Glaciar Perito Moreno de moto e trazê-la depois,, mais à tarde.  Combinei com o Mono e me mandei.

Foram cerca de 50 km de estrada até a entrada do Parque Nacional, onde paguei P$ 90,00 = R$ 45,00 e outros 30km para chegar à área de visitação. Todo o caminho foi feito numa boa, com belas paisagens e tempo bom. Fiz algumas  fotos no caminho para mostrar a grandiosidade da natureza com elevações enormes e impressionantes.





Cheguei até um estacionamento, onde deixei a moto e esperei para que uma van levasse a mim e outros até o local de visualização do glaciar. Esta condução é grátis e gira o tempo todo levando e trazendo turistas. Embora a Internet tenha fotos muito mais profissionais que as minhas, mais emocionantes, vídeos mostrando a quebra de gelo, com estrondos imensos, não deixei de fazer fotos para registrar minha passagem por aquele lugar magnífico.

Na opinião dos brasileiros na oficina, não valeu a pena o passeio de barco, mas valeria o mini trekking. Com o pouco tempo que dispunha, nem pensar no barco ou mini trekking.  Fiquei umas 3 horas naqueles locais onde se chega através de inúmeras escadas e plataformas que descem até perto do gelo. Incrível é o silêncio das pessoas naquele lugar, todos com suas máquinas apontando para todo lado e quase nenhuma conversa entre os visitantes.  Pedi que fizessem umas 2 ou 3 fotos minhas e retribuí.

A subida das escadas para retorno exigiu um pequeno sacrifício deste quase jovem moto viajante, mas cheguei ao topo, ao estacionamento, à minha moto e sentei a púa no retorno para chegar às 16h45 na oficina do Mono.  Em seguida ele e sua equipe pegaram minha moto, pedindo que retornasse às 20h30. Poderia ser que conseguisse reparar a moto naquele mesmo dia, o que seria ótimo!

No caminho, encontrei o americano que voltava para buscar sua moto, se estivesse pronta. Seu companheiro já havia se mandado para Torres del Paine, deixando-o sozinho para pegar a moto. Ele seguiria para lá tão logo tivesse a moto liberada pelo Mono. Sua bagagem tinha uma mochila com cintas e uma destas escapou, descendo para a roda traseira e provocando danos em seu eixo cardã, inclusive com perda de óleo. Soube depois pelo Mono que não deu para fazer muita coisa e o americano seguiu viagem. A empresa que loca estas BMW 1200GS tem mecânico e sobressalentes em Punta Arenas, para onde ele seguiria.

Voltei para o hotel, acessei meus e-mails, o Skype, tomei banho e às 20h00 estava lá para ver o término do serviço deles.

Segundo o Mono, a bengala estava com terra no interior devido desgaste do guarda pó, provocando desgaste do retentor e escape do óleo. Disse que a revisão feita em Sampa deveria ter percebido isto e substituído todas as vedações.

Como não tinha retentor nem guarda pó originais, reapertou a trava do retentor, colocou um segundo usado como protetor de poeira e o guarda pó original. Completou o nível de óleo e disse que deveria resolver, pelo menos até que encontrasse solução com peças originais. Não mexeu na bengala direita até porque não vazava.  Cobrou-me por isto R$ 100,00.

Saí de lá contente e esperançoso para encarar o ripio sem vazamento. O pouco que rodei com ela me fez ficar otimista.

À noite, decidi comer alguma coisa, uma vez que não havia almoçado de novo.  Caminhando pela principal avenida da pequena e bonita cidade El Calafate, encontrei o argentino (Luca) que estava na oficina.  Conversamos um pouco, chegando em seguida sua senhora (Elisabeth) e decidimos jantar juntos.  Fomos a uma parrilaria e pedimos uma para nós.  Papo vai papo vem, pedimos vinho, água e logo chegou a dita cuja, com seu barulho e cheirinho característicos.  Salve-se quem puder e mandamos bala.  Era tanta carne que sobrou muita, mas estávamos satisfeitos.

 

Saímos dali passava da 00h30.  Eles estavam ao lado do hotel e eu tive que caminhar quase 1 km, subindo uma escadaria que fica numa pracinha, depois da ponte.

Cheguei no hotel e fui dormir. O plano era sair cedinho, completar o tanque da moto, pegar informações sobre a estrada e abastecimento de gasolina, haja vista que gostaria de esticar o máximo que pudesse no dia 05-03-2013, recuperando o tempo que perdi para o reparo da moto e a pequena distância entre Puerto Natales e El Calafate.

Por hoje é só.  Fiquem com Deus!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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