Acordei cedo em Posadas para seguir a Foz, rumando para a Ponte Internacional que liga Argentina ao Paraguai. Não houve dificuldade para a passagem pelas aduanas e imigração, como sempre pela facilidade do passaporte e nenhum documento a preencher. Tratando-se de países componentes do Mercosul, a passagem de moto ou carros não causa maiores implicações, como a passagem pelo Chile, onde há necessidade de preenchimento de formulário específico na entrada e na saída, quando é entregue para arquivo.
De certa forma, me arrependo de seguido pela ruta que sai de Encarnacion, haja vista que o tráfego é intenso, repleta de pequenas cidades com redução de velocidade, lombadas, muita polícia, como na Argentina, mas que me pararam somente uma vez para conferir documentação, liberando-me a seguir. Mesmo assim, teria sido muito mais rápido ter seguido a ruta 12 até Puerto Iguazu, na tríplice fronteira.
Causou-me espanto o desenvolvimento havido na cidade de Santa Rita, no Paraguai, com imensas plantações de soja, milho e muito gado. Nas laterais da estrada estão instaladas conhecidas empresas multinacionais ligadas à agropecuária, confirmando que vieram para ficar. Tomara que seja certa essa visão, pois somente assim, poderemos ver o Paraguai recuperar sua força e nacionalismo, destroçados pela guerra que teve com os 3 outros países do Mercosul: Brasil, Argentina e Uruguai, que quase o destruíram, dizimando todos os homens, deixando somente crianças, mulheres e velhos.
Realmente, fiquei contente com aquela visão e espero que nossos irmãos brasiguaios estejam contribuindo com essa expansão paraguaia e que sejam estimulados pelos governantes e não fustigados pelos famigerados “sem terra” que só se interessam por terras próximas às cidades, exatamente como aqui no Brasil.
Bem, chegando a Ciudad del Este, atravessei a Ponte da Amizade pelas aduanas, sem problemas. Parei num posto Ipiranga e telefonei para o amigo Carlos, conhecido como Papito, pelos amigos da lista Big Trails, seguindo orientação do sempre digitado Miguel, de Jujuy.
Sendo cerca de 14h45, ele me fui orientou a visitar as Cataratas que estavam com excesso de vazão como poucas vezes se vira e, na volta, parasse no mesmo posto para que ele me encontrasse. Gostei da sugestão e segui para lá. Como poderão ver pelas fotos, as cataratas estão impressionantes, tanto pela vazão incrível como pelo som ensurdecedor de suas águas despencando nos penhascos. Mesmo a longa distância, o chuvisco alcança quase todos os visitantes, num espetáculo indescritível, com formações de arcos íris pela incidência dos raios solares sobre aquelas nuvens.
Tomei-o rapidamente, voltando para a varanda onde a simpática e comunicativa Sílvia serviu o que eu esperava há dias: feijão, arroz, bife e salada, tudo selado por latinhas de cerveja que desceram redondinhas...
Embora a distância entre Posadas e Foz do Iguaçú tenha sido de somente 347km, pelo tráfego, velocidade reduzida e o já cansaço quase crônico deste velho motociclista pela longa viagem, o sono veio acelerado pelas cervejinhas. Fui dormir para acordar cedo, uma vez que teria que seguir a Ciudad del Este e trocar os pneus Anakee 2 – Michelin, da minha guerreira Yellow.
Acredito que apaguei em questão de segundos!
Por hoje é só.
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