sábado, 30 de março de 2013

RUMO A USHUAIA 2013 - 45º DIA - FOZ IGUAÇÚ

RUMO A USHUAIA 2013 – 45º DIA – FOZ IGUAÇÚ

Acordei cedo em Posadas para seguir a Foz, rumando para a Ponte Internacional que liga Argentina ao Paraguai. Não houve dificuldade para a passagem pelas aduanas e imigração, como sempre pela facilidade do passaporte e nenhum documento a preencher. Tratando-se de países componentes do Mercosul, a passagem de moto ou carros não causa maiores implicações, como a passagem pelo Chile, onde há necessidade de preenchimento de formulário específico na entrada e na saída, quando é entregue para arquivo.

De certa forma, me arrependo de seguido pela ruta que sai de Encarnacion, haja vista que o tráfego é intenso, repleta de pequenas cidades com redução de velocidade, lombadas, muita polícia, como na Argentina, mas que me pararam somente uma vez para conferir documentação, liberando-me a seguir. Mesmo assim, teria sido muito mais rápido ter seguido a ruta 12 até Puerto Iguazu, na tríplice fronteira.

Causou-me espanto o desenvolvimento havido na cidade de Santa Rita, no Paraguai, com imensas plantações de soja, milho e muito gado. Nas laterais da estrada estão instaladas conhecidas empresas multinacionais ligadas à agropecuária, confirmando que vieram para ficar. Tomara que seja certa essa visão, pois somente assim, poderemos ver o Paraguai recuperar sua força e nacionalismo, destroçados pela guerra que teve com os 3 outros países do Mercosul: Brasil, Argentina e Uruguai, que quase o destruíram, dizimando todos os homens, deixando somente crianças, mulheres e velhos.

Realmente, fiquei contente com aquela visão e espero que nossos irmãos brasiguaios estejam contribuindo com essa expansão paraguaia e que sejam estimulados pelos governantes e não fustigados pelos famigerados “sem terra” que só se interessam por terras próximas às cidades, exatamente como aqui no Brasil.

Bem, chegando a Ciudad del Este, atravessei a Ponte da Amizade pelas aduanas, sem problemas. Parei num posto Ipiranga e telefonei para o amigo Carlos, conhecido como Papito, pelos amigos da lista Big Trails, seguindo orientação do sempre digitado Miguel, de Jujuy.

Sendo cerca de 14h45, ele me fui orientou a visitar as Cataratas que estavam com excesso de vazão como poucas vezes se vira e, na volta, parasse no mesmo posto para que ele me encontrasse. Gostei da sugestão e segui para lá. Como poderão ver pelas fotos, as cataratas estão impressionantes, tanto pela vazão incrível como pelo som ensurdecedor de suas águas despencando nos penhascos. Mesmo a longa distância, o chuvisco alcança quase todos os visitantes, num espetáculo indescritível, com formações de arcos íris pela incidência dos raios solares sobre aquelas nuvens.












 Por volta das 17h30 estava de novo naquele posto Ipiranga quando chegou o Papito. Eu o segui em sua moto e chegamos á sua casa, sendo recebidos pela esposa Sílvia e os filhos Carla e Joshua, respectivamente 7 e 5 anos. A recepção não poderia ser mais amiga e logo estava me sentindo à vontade naquela casa, quase chácara. Longa conversa foi entabulada, com histórias sobre minha viagem, entremeadas pelas histórias do Papito, também um motoviajante experiente e, quando nos demos conta, eram 20h00 e nem banho havia tomado.

Tomei-o rapidamente, voltando para a varanda onde a simpática e comunicativa Sílvia serviu o que eu esperava há dias: feijão, arroz, bife e salada, tudo selado por latinhas de cerveja que desceram redondinhas...

Embora a distância entre Posadas e Foz do Iguaçú tenha sido de somente 347km, pelo tráfego, velocidade reduzida e o já cansaço quase crônico deste velho motociclista pela longa viagem, o sono veio acelerado pelas cervejinhas.  Fui dormir para acordar cedo, uma vez que teria que seguir a Ciudad del Este e trocar os pneus Anakee 2 – Michelin, da minha guerreira Yellow.

Acredito que apaguei em questão de segundos!

Por hoje é só. 


















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