RUMO A
USHUAIA 2013 – 34º DIA – SAN RAFAEL
Meu
Nextel me despertou às 07h30, tomei o café da manhã e me mandei para a casa do
Hermes. O tempo estava muito nublado, como de resto todos os últimos 3 dias.
Tão logo cheguei, saímos em sua Toyota Hilux cabine dupla. Como todos os motoristas
desta cidade, muito tranquilamente, o Hermes saiu da cidade, rumando para o
Canion Del Atuel. Trata-se de um rio de origem
glacial, que ao longos dos milhões de anos, escavou no relevo
sedimentar, com inúmeras faixas correspondentes
às deposições feitas pela água, já que tudo aquilo foi fundo de oceano
ou lago. Atualmente, o rio corta o
canion e o vento esculpe figuras interessantes nas paredes, conforme mostram
as fotos.
Ao
lado do Rio Atuel, uma série de hostelarias, hotéis, campings, clubes etc estão
implantados para aproveitamento daqueles lugares singulares. Promovem todos os
esportes radicais que conhecemos, desde o rafting, trekking, tirolesa etc. Bem
adiante, tendo mais coisas a ver e fotografar, decidimos retornar para irmos ao
Dique dos Reyunos, onde tanto o Miguel como o Hermes trabalharam há vários
anos.
Praticamente
retornando à cidade de San Rafael, pega-se outra estrada para chegar ao dique.
É uma represa hidrelétrica de pequeno porte, considerando-se a Itaipú, muito
bem construída, conservada e cujas fotos mostrarão a beleza do lugar, que
também é um canion que formou um lago lindíssimo, gerando energia para a
cidade.
Considerando amizade do Hermes, engenheiro chefe na época
da construção daquela usina, representando uma empresa onde trabalhou por
décadas, foi recebido pelo gerente local, podendo nos mostrar muito mais do que
é permitido aos turistas, por razões óbvias.
Depois
de um café e um bom bate papo, de recordações e fotos, nos despedimos e
retornamos à trilha, passando pelas ruínas de um antigo forte construído para
proteção contra ataques dos índios, que eram muito aguerridos naquela época.
Alguns
lugares muito bonitos deixaram de ser visitados pela minha escassez de tempo e
não por indisposição do Hermes.
Retornamos à sua casa, onde a Graciela nos esperava com uma apetitosa
milanesa, salada, sobremesa e café.
Mais uma roda de papo muito
legal, onde se recordavam do tempo em que o Miguel, Silvia e família estavam
perto deles e algumas histórias que eu lhes contei.
Já
passava das 16h30 quando os deixei para seguir a Mendoza. Mais um casal que ficará na minha memória como bons amigos, atenciosos e solidários. Tomara que os veja novamente em breve.
Segundo o Miguel, um mecânico de motos, especialmente BMW, de nome Carlos, me havia reservado um hostel no centro da cidade, pelo menos é o que ele pensava tivesse sido feito.
Segundo o Miguel, um mecânico de motos, especialmente BMW, de nome Carlos, me havia reservado um hostel no centro da cidade, pelo menos é o que ele pensava tivesse sido feito.
A
ida a Mendoza não chega a 250km, de boa estrada, muito frio, obrigando-me a
colocar a capa para diminuir o sufoco e aquecer a manopla ao máximo. Para não
destoar, caiu uma neblina que durou 1 hora direto, com filas de caminhões e
carros, tendo eu de ultrapassá-los com muita cautela. Novamente, recebi ajuda dos motoristas e
conseguia sair do enrosco.
De
novo cheguei à cidade às 19h30, já escurecendo.
Parei no centro, em um posto Shell e perguntei a um frentista onde havia
um locutório ( telefone publico). Dentro da loja de conveniência, disse.
Tentando de novo a ligação para o Carlos fui atendido por ele. Pensava que eu viria no dia seguinte, disse e precisou correr para reservar o hostel que conhecia, me dando o endereço.
Caí na cama e dormi!
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