sábado, 16 de março de 2013

RUMO A USHUAIA -2013 - 34º DIA - SAN RAFAEL


RUMO A USHUAIA 2013 – 34º DIA – SAN RAFAEL

Meu Nextel me despertou às 07h30, tomei o café da manhã e me mandei para a casa do Hermes. O tempo estava muito nublado, como de resto todos os últimos 3 dias. Tão logo cheguei, saímos em sua Toyota Hilux cabine dupla. Como todos os motoristas desta cidade, muito tranquilamente, o Hermes saiu da cidade, rumando para o Canion Del Atuel. Trata-se de um rio de origem  glacial, que ao longos dos milhões de anos, escavou no relevo sedimentar, com inúmeras faixas correspondentes  às deposições feitas pela água, já que tudo aquilo foi fundo de oceano ou lago.  Atualmente, o rio corta o canion e o vento esculpe figuras interessantes nas paredes, conforme mostram as fotos.




 

Ao lado do Rio Atuel, uma série de hostelarias, hotéis, campings, clubes etc estão implantados para aproveitamento daqueles lugares singulares. Promovem todos os esportes radicais que conhecemos, desde o rafting, trekking, tirolesa etc. Bem adiante, tendo mais coisas a ver e fotografar, decidimos retornar para irmos ao Dique dos Reyunos, onde tanto o Miguel como o Hermes trabalharam há vários anos.


Praticamente retornando à cidade de San Rafael, pega-se outra estrada para chegar ao dique. É uma represa hidrelétrica de pequeno porte, considerando-se a Itaipú, muito bem construída, conservada e cujas fotos mostrarão a beleza do lugar, que também é um canion que formou um lago lindíssimo, gerando energia para a cidade.








 

Considerando  amizade do Hermes, engenheiro chefe na época da construção daquela usina, representando uma empresa onde trabalhou por décadas, foi recebido pelo gerente local, podendo nos mostrar muito mais do que é permitido aos turistas, por razões óbvias.

Depois de um café e um bom bate papo, de recordações e fotos, nos despedimos e retornamos à trilha, passando pelas ruínas de um antigo forte construído para proteção contra ataques dos índios, que eram muito aguerridos naquela época.


 

Alguns lugares muito bonitos deixaram de ser visitados pela minha escassez de tempo e não por indisposição do Hermes.  Retornamos à sua casa, onde a Graciela nos esperava com uma apetitosa milanesa, salada, sobremesa e café.  Mais uma roda  de papo muito legal, onde se recordavam do tempo em que o Miguel, Silvia e família estavam perto deles e algumas histórias que eu lhes contei.

Já passava das 16h30 quando os deixei para seguir a Mendoza.  Mais um casal que ficará na minha memória como bons amigos, atenciosos e solidários. Tomara que os veja novamente em breve.

Segundo o Miguel, um mecânico de motos, especialmente BMW, de nome Carlos, me havia reservado um hostel no centro da cidade, pelo menos é o que ele pensava tivesse sido feito.

A ida a Mendoza não chega a 250km, de boa estrada, muito frio, obrigando-me a colocar a capa para diminuir o sufoco e aquecer a manopla ao máximo. Para não destoar, caiu uma neblina que durou 1 hora direto, com filas de caminhões e carros, tendo eu de ultrapassá-los com muita cautela.  Novamente, recebi ajuda dos motoristas e conseguia sair do enrosco.

De novo cheguei à cidade às 19h30, já escurecendo.  Parei no centro, em um posto Shell e perguntei a um frentista onde havia um locutório ( telefone publico). Dentro da loja de conveniência, disse.

Tentando de novo a ligação para o Carlos fui atendido por ele. Pensava que eu viria no dia seguinte, disse e precisou correr para reservar o hostel que conhecia, me dando o endereço.
 
Entre uma coisa e outra, somente consegui sair do posto às 21h15, com o endereço do Hostel Alamo, na calle Necochea, 735.  Bem recebido pela recepcionista que atendeu o Carlos e reservou o quarto, pude tomar um banho e sair para comer algo. Passava da 00h00 quando retornei ao hostel.



 
Caí na cama e dormi! 

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