Ontem,
durante o jantar, havíamos acordado que ficaríamos, eu, o Luca e Elisabeth por
2 noites neste hotel, de forma a conhecermos bem o Parque Nacional Los Alerces,
que demandaria quase o dia todo.
Já
o Heraldo e Koiti, ambos de São Paulo, haviam decidido sair pela manhã, já com
as motos carregadas, dar uma passada no parque e, de lá, seguirem para
Bariloche, talvez nem passando por El Bolsón.
Após
o café da manhã, eles se foram e nós nos preparamos para a visita ao Parque.
Saímos
por volta das 10h00, com tempo meio feio, frio e garoento. Tudo bem, vamos que
vamos. Enchemos os tanques e seguimos.
Para
chegarmos ao parque, rodamos cerca de 46km de asfalto, com entrada bonita e
onde paguei P$ 75,00 por ser Mercosul. Outros estrangeiros pagam P$ 150,00.
A
partir da entrada, todo o Parque é visitado pelo ripio e são alguns lagos que
podem ser conhecidos por moto ou carro, outros só por caminhada. Para sintetizar, já que as fotos e vídeos
falarão mais que eu, visitamos 3 lagos sensacionais e isto nos levou quase 6
horas sobre ripio de todo tipo, garoa e frio. Mesmo assim, fomos de bom gosto,
pois isto aqui só é comparado com os grandes lagos formados pelos Alpes
europeus e que a Suíça muito bem usa para seus calendários.
Muitas outras fotos e vídeos fazem parte do meu acervo, todavia lotariam este blog de forma a ficar pesado e monótono. Posteriormente, poderei postar outras via facebook ou por aqui mesmo. Havíamos rodado hoje, os 46km para chegar ao parque, mais 57km de ripio quando encontramos a outra portaria, no lado oposto do parque, dizendo-nos que o parque terminava ali. Só então percebemos que só podíamos ter visitado aqueles 3 grandes lagos: FUTALAUFQUEN, LAGOA VERDE e RIVADAVIA. Como o Rivadavia fica no estremo oposto da entrada do Parque, a responsável por aquele portaria nos disse que poderíamos voltar pelo mesmo caminho, percorrendo os 57 km de ripio ou seguir em frente, por mais uns 70km de ripio, até encontrarmos a Ruta 40, que nos levaria, em sentido sul, a Esquel.
Para
não fazermos o mesmo caminho, lá fomos nós os desbravadores de gravata, pelo
novo ripio. Pessoas, não é fácil pilotar
com garoa, frio e sobre ripio traiçoeiro. Qualquer bobeada será fatal para um
tombo e torcendo para que seja só isto, podendo retornar ao hotel. Imaginem minha cabeça, com o pneu traseiro
com 40 libras, sem as malas laterais, logo, mais leve, com a moto deslizando
sobre pedras soltas e o escambal!!!
Lembrei-me
do conselho dado pelo El Cura, lá em Puerto San Julian, grande endurista, de
que o melhor no ripio é o acelerador, nunca o freio! Então, sempre
entrei no ripio com potência para acelerar, nunca com marcha alta e baixa
rotação. Era só a moto dar uma balançadinha que eu acelerava e ela entrava em
linha reta de novo. Mesmo assim, em
algumas oportunidades, pensei que ela sairia de controle, pois cheguei a
acelerar como antigo e bom piloto endurista, chegando a 80 e a 100km em alguns
trechos melhores. O Luca se mostrou um
exímio piloto no ripio, pois ainda estava com sua esposa na garupa e sentou a
pua diversas vezes.
Bem,
cumprida a missão de visitar este lindo parque, chegamos ao hotel meio sujinhos
de barro, poeira e as motos, então nem se fala.
Agora
estou digitando, mas devo sair daqui a pouco para jantar com o casal. Amanhã, seguiremos a El Bolsón e depois a
Bariloche, onde temos hotel já reservado pela minha sócia Iracema.
Se
houver novidade, retornarei a este relato.
Por
hoje é só, Fiquem com Deus!
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